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Guterres denuncia violência “inaceitável” contra civis na Nicarágua

17 jul, 2018 - 16:10

Manifestações começaram em abril, contra cortes nas pensões. O Governo acabou por recuar, mas a violência usada contra civis acabou por geral ainda mais protestos.

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O secretário-geral das Nações Unidas condenou o clima de violência que se tem feito sentir na Nicarágua, em que pelo menos 280 pessoas morreram, nos últimos dias.

António Guterres classifica como “inaceitável” a violência contra civis, levada a cabo por membros das forças de segurança e grupos paramilitares que estão a agir, aparentemente em sintonia com o Governo.

A ONU acusa as autoridades de terem morto e detido pessoas extrajudicialmente, e de terem cometido tortura.

Um porta-voz do gabinete de Direitos Humanos da ONU disse em conferência de imprensa que “estão a ser cometidos um vasto leque de violações, incluindo assassinatos extrajudiciais, tortura, detenções arbitrárias e a negação do direito à liberdade de expressão”.

Reconhecendo que também foram mortos pelo menos 19 agentes da polícia, Rupert Colville diz que “a grande maioria das violações são praticadas pelo governo ou por elementos armados que parecem estar a trabalhar em sintonia com eles”.

A Nicarágua tem estado a braços com uma revolta generalizada contra o Governo. As manifestações começaram em abril, quando foram anunciados planos para cortar as pensões. O Governo acabou por recuar nas suas intenções, mas a violência com que reagiu às manifestações populares acabou por gerar ainda mais protestos.

Segundo a ONU a maioria dos protestos são pacíficos, embora alguns dos manifestantes estejam armados.

A Igreja Católica tentou mediar o conflito, mas os seus representantes foram agredidos por grupos paramilitares, aparentemente leais ao Governo, liderado pelo Presidente Daniel Ortega.

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