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Putin anuncia que convidou Trump para um encontro em Moscovo

27 jul, 2018 - 14:54

O presidente russo diz que o homólogo norte-americano concorda que ambos devem voltar a reunir-se depois da cimeira na Finlândia.

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O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta sexta-feira que convidou Donald Trump para visitar Moscovo, e acrescentou que os dois desejam mais cimeiras entre os dois países. Isto mesmo depois de toda a polémica que o encontro de Helsínquia teve na opinião pública norte-americana.

Depois da tensão que o tom cordial entre Trump e Putin suscitou nos Estados Unidos da América, as diplomacias dos dois países afastaram-se no intento de criar um novo encontro entre os presidentes dos dois países.

Ainda assim, em declarações aos repórteres na África do Sul, onde participava numa reunião dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China), Putin disse que estava na agenda outra reunião com Trump.

"Em relação aos nossos encontros, entendo muito bem o que o presidente Trump disse. Ele tem o desejo de ter mais reuniões", disse Putin.

"Estou pronto para isso. Precisamos que haja as condições apropriadas, inclusive nos nossos países", disse Putin numa entrevista coletiva.

"Estamos prontos para essas reuniões. Estamos prontos para convidar o Presidente Trump para Moscovo. Quero que ele seja meu convidado. "

Putin não disse como Trump reagiu ao convite. A última vez que o presidente dos Estados Unidos esteve na capital russa foi em 2013, para participar no concurso da Miss Universo.

A Casa Branca afirmou, entretanto, que Trump está aberto a visitar Moscovo, assim que receba uma proposta formal.

Em relação à proposta para uma reunião nos Estados Unidos, Putin afirmou: "Estou pronto para ir a Washington. Repito mais uma vez, se forem criadas as condições certas para o trabalho".

Putin disse que, entretanto, era possível que ele e Trump se encontrassem à margem da cúpula do Grupo dos 20 na Argentina em novembro, ou em outro evento internacional.

Numa aparente referência à reação dos Estados Unidos após o desempenho de Trump na cimeira de Helsinquia, Putin disse que "apesar das dificuldades, neste caso particular às dificuldades ligadas à situação política interna nos Estados Unidos, a vida continua e nossos contatos prosseguem. "

Trump foi criticado nos Estados Unidos por não confrontar publicamente Putin sobre a intervenção de Moscovo nas eleições presidenciais de 2016, e por parecer negar as conclusões das agências de inteligência notre-americanas sobre a ameaça da Rússia.

Um lugar seguro

Em Joanesburgo, na sexta-feira, Putin defendeu melhores relações com os Estados Unidos, dizendo que o mundo era um lugar mais seguro quando Moscovo e Washington conversavam.

"Em Helsínquia, conversamos sobre as questões em que temos uma participação concreta. Em 2021, o tratado do Novo Começo expira", disse Putin, referindo-se a um tratado de controlo de armas nucleares.

"Vamos estendê-lo ou não? A Rússia e os Estados Unidos têm uma palavra neste assunto, sobre se vamos ou não começar uma corrida ao armamento. Se não começarmos as conversações em 2021, o tratado deixará de existir."

Já no que diz respeito aos esforços para resolver os conflitos no Médio Oriente, Putin disse: "Vamos falar sobre essas questões ao mais alto nível político, ou achamos que é uma questão secundária? Eu não penso assim - não é uma questão secundária".

Putin falou ainda do acordo internacional sobre o programa nuclear do Irão, do qual Trump se retirou, como uma área que precisava do diálogo russo-americano.

"É um assunto para debater e negociar. Há algumas coisas que você não se podem fazer pelo telefone", rematou Putin.

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