31 jul, 2018 - 11:10
A Coreia do Norte parece estar a construir novos mísseis balísticos, apesar dos sinais de maior proximidade com a administração de Donald Trump que saíram da cimeira de Singapura, em junho.
As autoridades norte-americanas relataram ao "The Washington Post" que os satélites espiões detetaram atividade contínua num local que produziu mísseis balísticos.
Apesar de na semana passada haver indícios de que a Coreia do Norte tinha iniciado o desmantelamento de um local de lançamento de rockets, os serviços de inteligência norte-americanos acreditam que aquele país não tenha abandonado o programa nuclear.
A agência de notícias Reuters cita uma fonte oficial que afirma que não é claro até onde é que os testes se desenrolaram.
O presidente Donald Trump reuniu-se com o líder norte-coreano Kim Jong-un, em junho. Os dois líderes afirmaram que era necessário implementar um acordo de desnuclearização da Península, o que levou inclusive a que Trump afirmasse que a Coreia do Norte já não era uma ameaça nuclear.
Trump foi criticado internamente por fazer concessões sem nenhuma segurança do comprometimento de Kim ao fim do programa nuclear e de mísseis.
Na segunda-feira, o Washington Post citou fontes oficias norte-americanas que afirmavam ter indícios de que os norte-coreanos estão a levar cabo a construção de um ou dois misseis balísticos intercontinentais numa fábrica em Sanumdong, perto de Pyongyang.
O que é que se passa?
Esta unidade é conhecida por ter produzido o Hwasong-15, o primeiro míssil feito na Coreia do Norte com capacidade para atingir os Estados Unidos da América.
A Reuters afirma que as imagens de satélite apenas mostram a movimentação de veículos na fábrica, mas não há provas de qualquer construção.
Estas não são as primeiras informações que levam a crer que a Coreia do Norte continua o programa militar de mísseis, sendo que as imagens recolhidas em Sanumdong demonstram que o local está ativo.
“A fábrica não está fechada, isso é bastante seguro”, defendeu o especialista em nuclear, Jeffrey Lewis do Instituto de Estudos Internacionais de Middlebury.
Na semana passada, o secretário de Estado Mike Pompeo foi obrigado a admitir que a Coreia do Norte continua a produzir material para misseis nucleares, apesar de insistir que estão a ser feitos progressos.