06 ago, 2018 - 18:46
O Youtube foi a última plataforma a remover os conteúdos produzidos por Alex Jones, um comentador norte-americano conhecido pelas teorias da conspiração que envolvem negar a ocorrência de massacres em escolas nos Estados Unidos. Ele é acusado de promover o discurso de ódio e de não seguir as regras das comunidades que utilizam as várias redes sociais.
Alex Jones já afirmou que as 20 crianças mortas no massacre de Handy Hook, em 2012, bem como as seis vítimas adultas, eram atores e que os assassinos não passavam de uma fraude.
O Youtube é mais uma rede social que retira os poadcasts e páginas de Jones, porque já antes o Facebook, o Spotify, a Apple e a Google vídeos tinham feito o mesmo.
Esta segunda-feira o Youtube foi a última plataforma a retirar do ar os vídeos de Jones, horas depois da Apple ter feito o mesmo, justificando a medida com o discurso de ódio que ele promove.
Quem agora tentar visitar a página do comentador de extrema-direita no Youtube deparar-se-á com uma mensagem que diz: “Esta conta foi eliminada por violar as regras da comunidade do Youtube”.
O Infowars, uma página que também é operada por Jones, também foi removida.
Jones tem tentado contornar estas restrições, e implorou aos seguidores para fazerem o download da aplicação Infowars, que ainda está disponível no Google Play e na Apple App.
Num vídeo disponível na página do Twitter, Jones compara a Apple à China e diz que os Estados Unidos foram vendidos à censura comunista.
“Há quatro meses que a Apple foi para China e deu-lhes as chaves das suas páginas, e desde então tem aumentado a censura por todo o mundo”, argumenta.
Antes do Youtube ter interditado Alex Jones, as suas páginas foram alvo de um ataque a 24 de Julho depois de ele ter publicado quatro vídeos que violavam a política contra o discurso de ódio e de protecção de crianças.