14 ago, 2018 - 11:35
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Parte da ponte Morandi, em Génova, caiu esta terça-feira atingindo vários edifícios e provocou pelo menos 26 mortos e 17 feridos. São os dados mais recentes, atualizados pelo governo regional da Liguria, a que pertence Génova.
Na lista de vítimas mortais estão 16 homens, 5 mulheres e uma criança de 10 anos.
Também esta tarde, o ministro italiano do interior, Matteo Salvini, já tinha admitido "cerca de 30 pessoas mortas" e dezenas de feridos. Já foram retiradas sete pessoas dos escombros com vida, avança o canal televisivo italiano RAI.
O troço que colapsou pertence à autoestrada A10.
A primeira agência a falar em vítimas foi a Adnkronos, que citava o chefe do serviço local de ambulâncias para dizer que havia "dezenas de mortos". Francesco Bermano declarou, ao jornal “La Repubblica”: “A dimensão é épica, dezenas de mortos estão entre aqueles que caíram do viaduto ou que ficaram presos sob os escombros. Os bombeiros e as equipas de socorro estão a retirar as vítimas”.
Na origem do acidente, que ocorreu perto das 11h30 (menos uma hora em Lisboa), pode estar uma falha estrutural da ponte, construída na década de 1960.
Parte da estrutura caiu sobre edifícios, arrastando várias viaturas – cerca de 10 veículos terão caído com a estrutura, avança a agência ANSA.
O acidente ocorre numa altura de chuvas torrenciais. O viaduto atravessa centros comerciais, fábricas, algumas casas, a linha ferroviária Génova-Milão e o rio Polcevera.
O ministro italiano dos Transportes fala em “imensa tragédia” em Itália. Danilo Toninelli diz no Twitter que está “a seguir com grande apreensão o que se passa em Génova, que aparenta ser uma “imensa tragédia”.
Uma testemunha citada pela “Sky Itália” afirma que havia “oito ou nove veículos em cima da ponte quando aconteceu o colapso” e descreve o que viu como “uma cena apocalíptica”. No Twitter, vão surgindo imagens, algumas classificadas como "arrepiantes".
A ponte foi alvo de trabalhos de manutenção em 2016 e, segundo a Autoestradas de Itália, estavam em andamento trabalhos para consolidar uma laje que continuava a dar origem a queixas por parte dos automobilistas. Para tal, foi instalado um guindaste, de modo a permitir que as atividades de manutenção começassem.
"As obras e o estado do viaduto eram alvo de constante monitorização”, garante a empresa.
As causas do colapso vão ainda ser investigadas e objeto de uma análise aprofundada, logo que seja possível aceder com segurança aos locais afetados.
O ministro italiano dos Transportes deslocou-se de imediato para o local do acidente. Edoardo Rixi classificou o cenário de "dramático".
[Atualizado às 22h40]