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Itália. Uma ponte polémica que acabou em tragédia

14 ago, 2018 - 13:38

Desde cedo, a ponte Morandi, em Génova, necessitou de obras de recuperação. Os custos de manutenção sempre foram alvo de muitas críticas.

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A ponte Morandi sempre foi uma ponte polémica entre os engenheiros italianos e também levantou celeuma pelos custos. Esta terça-feira, uma secção colapsou fazendo vários mortos e feridos.

Leia uma pequena história da ponte elaborada pelo "Corriere de La Sera".

Cinco anos de construção

A Ponte Morandi foi construída durante cinco anos, entre 1963 e 1967, pela Sociedade Italiana de Oleodutos.

O viaduto Polcevera é conhecido como ponte Morandi por causa do autor, o engenheiro Riccardo Morandi.

O trágico colapso da manhã de terça-feira pode ter sido provocado por uma falha estrutural, no trecho sobre a via Walter Fillak, na área de Sampierdarena (Génova).

45 metros de altura

A ponte tem um comprimento de 1.182 metros e uma altura de 45 metros. Atravessa o rio Polcevera, em Génova, entre os bairros de Sampierdarena e Cornigliano.

É uma ponte assente em vigas, como se fosse uma ponte "suspensa", mas suportada por uma série de cabos (as estacas) ancorados em pilares (ou torres) de sustentação. Foi construída com betão armado.

As primeiras imagens do colapso da ponte em Génova
As primeiras imagens do colapso da ponte em Génova

A inauguração e as críticas

A inauguração ocorreu a 4 de setembro de 1967, na presença do então Presidente da República, Giuseppe Saragat.

A ponte Morandi sempre dividiu os engenheiros. “Apresentou imediatamente vários aspetos problemáticos, além do aumento nos custos estimados de construção”. É a avaliação feita pelo engenheiro Antonio Brencich, professor associado de Betão Estrutural da Universidade de Génova, num artigo publicado há dois anos.

As observações

Nesse artigo, Antonio Brencich faz observações estritamente técnicas. Refere-se ao facto de a ponte, construída no início de 1960, ter sido logo nos primeiros anos objeto de obras de recuperação profunda.

No mesmo texto é dito que as despesas correntes de manutenção fazem com que se esperasse que, em poucos anos, os custos de manutenção excedessem os custos de reconstrução da ponte.

O académico concluía que era tempo para demolir e reconstruir a ponte.

O viaduto foi alvo de grandes trabalhos de manutenção, incluindo a substituição de cabos de suspensão no final dos anos de 1980 e início dos anos 1990.

Trabalhos de manutenção estavam em andamento

A Autoestradas de Itália afirma que estavam em andamento trabalhos para consolidar a laje do viaduto e que foi instalado um guindaste para permitir que as atividades de manutenção começassem.

"As obras e o estado do viaduto eram alvo de constante monitorização”, diz a empresa.

As causas do colapso serão objeto de uma análise aprofundada, logo que seja possível aceder com segurança aos locais.

Comentários
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  • Filipe
    14 ago, 2018 évora 21:52
    Quando a de Entre os Rios matou Portugueses não quiseram saber porque afinal foi a natureza que a fez cair e andam agora preocupados com a de Itália ... vejam é se por cá não vão cair mais e remendem os buracos nas Estradas Nacionais e Municipais , deixem as galinhas da vizinha em paz .

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