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Venezuela. Banca vai bloquear acesso "online" a contas a partir do estrangeiro

28 ago, 2018 - 10:22

Clientes têm de informar previamente o banco, indicando expressamente o lugar ou lugares de destino e o período em que vão estar no estrangeiro.

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A banca venezuelana vai passar a bloquear o acesso online dos clientes que acedam a contas a partir do estrangeiro, caso estes não tenham notificado o banco sobre a sua viagem ao estrangeiro, duração e lugares que visitam.

A Superintendência das Instituições do Setor Bancário (SUDEBAN) notificou os bancos venezuelanos na segunda-feira.

Por outro lado, os bancos passam a estar obrigados a registar e informar sobre todas as atividades realizadas pelos clientes, no estrangeiro, tenham ou não sido notificados da viagem.

A medida, segundo a SUDEBAN, tem como propósito proteger os usuários dos bancos de possíveis fraudes, para fazer eficaz e transparente a prestação do serviço bancário.

O documento, enviado aos bancos, sublinha que caso um cliente estenda ou modifique a duração ou lugar da viagem deve igualmente notificar a entidade bancária.

“Caso a instituição bancária identifique alguma transação que corresponda a clientes que não tenham efetuado a notificação (...) cujos endereços IP (Internet Protocolo) se encontrem fora da Venezuela, deverá efetuar de maneira preventiva um condicionamento especial que impossibilite os acessos”, refere-se na mesma nota.

Segundo a SUDEBAN “esse condicionamento deverá ser realizado desde o momento que [o cliente] tente aceder ao sistema e até que o cliente submeta os dados requeridos”.

“Adicionalmente, a instituição bancária deverá identificar plenamente os endereços IP desde os quais se realizou o acesso”, sublinha.

Por outro lado, segundo a SUDEBAN, “os bancos devem informar semanalmente a Unidade Nacional de Inteligência Financeira dos detalhes dos clientes que informem a sua saída do país, especificando o nome, lugar de destino e período, tipo de identificação, instrumentos que possuam nessa instituição bancária e os que irá usar desde o estrangeiro”.

Os bancos deverão ainda informar os endereços IP e as tentativas de acesso dos clientes que não notificaram que viajaram ao estrangeiro.

“O incumprimento poderá ser alvo da aplicação de sanções”, conclui a SUBEDAN.

Nos últimos anos, segundo dados não oficiais, mais de 2,5 milhões de venezuelanos emigraram, fugindo da crise política, económica e social que afeta aquele país. A maioria dos emigrantes optaram pela Colômbia, Brasil, Argentina e Panamá.

Em Portugal estima-se que existam mais de quatro mil venezuelanos.

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