04 set, 2018 - 23:21
O encontro regional sobre a emigração venezuelana terminou esta terça-feira com uma declaração dos países participantes, na qual mostram vontade de continuar a acolher cidadãos daquele país.
O documento "contém a vontade de todos os estados participantes de continuarem a acolher com os braços abertos todos os que têm enfrentado uma situação difícil no seu país de origem", anunciou o representante peruano, César Bustamante, ao concluir a reunião.
Bustamante, diretor-geral das Comunidades Peruanas no Exterior e Assuntos Consulares, destacou que continuará a ser prestada assistência aos que "procuram encontrar acolhimento".
Representantes dos governos de países da América Latina reuniram-se em Quito, capital do Equador, para tentar encontrar soluções conjuntas para lidar com o êxodo de venezuelanos, que fogem da crise no seu país.
A reunião foi convocada pelo Equador que, segundo a imprensa do país, convidou também o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas cuja presença não foi confirmada.
Participaram representantes da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Também esteve presente uma delegação da Bolívia, um governo que é tido como aliado da Venezuela.
Segundo dados das Nações Unidas, pelo menos 2,3 milhões de venezuelanos estão radicados no estrangeiro, entre eles 1,6 milhões de cidadãos que emigraram desde 2015, devido ao agravamento da escassez de alimentos, medicamentos e aos altos preços dos produtos na Venezuela, tendo em conta os baixos salários locais.