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Venezuela. Ordens dos Médicos deviam flexibilizar equivalências, diz deputado

20 set, 2018 - 23:21

Paulo Pisco recorda que a Ordem dos Engenheiros abriu as portas para tudo fazer para que os portugueses licenciados em engenharia naquele país que estão a regressar a Portugal possam ser integrados profissionalmente.

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As ordens dos Médicos e dos Médicos Dentistas deveriam ser mais flexíveis na atribuição de equivalências aos emigrantes portugueses licenciados que estão a regressar ao país de origem, nomeadamente aos da Venezuela, defende o deputado Paulo Pisco.

O deputado socialista, que falava na audiência do Conselho das Comunidades na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros que decorreu hoje à tarde, considerou que a posição destas duas ordens profissionais demonstra "até falta de solidariedade" perante uma situação que tem sido considerada "um caso de dimensão nacional", o regresso dos emigrantes portugueses na Venezuela face à crise instalada naquele país.

Paulo Pisco recordou que, ao contrário destas duas ordens profissionais, a Ordem dos Engenheiros abriu as portas para tudo fazer para que os portugueses licenciados em engenharia naquele país que estão a regressar a Portugal possam ser integrados profissionalmente.

O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, já tinha referido na sessão de abertura da reunião temática de dois dias que o Conselho das Comunidades realizou entre quarta-feira e hoje em Lisboa, que, ao contrário da Ordem dos Engenheiros, que mostrou desde logo abertura para colaborar na integração dos engenheiros que estejam a regressar daquele país, a Ordem dos Médicos não está a colaborar.

"A Ordem dos Engenheiros já abriu as portas para todos os engenheiros que vêm da Venezuela e em outras áreas também se está a acelerar o processo de equivalências. De onde ainda não houve reposta foi da Ordem dos Médicos", afirmou o governante.

A crise na Venezuela e os problemas que atravessam a comunidade portuguesa bem como as soluções para o acolhimento e apoio aos emigrantes que regressem deste país foi um dos temas centrais em quase todas as reuniões que os conselheiros tiveram durante os dois dias.

Mas há outros destinos de emigração portuguesa que também preocupam Governo, conselheiros das comunidades e deputados, como a África do Sul, com as novas políticas e um aproximar de eleições, o Reino Unido, na sequência do Brexit, Moçambique, com a instabilidade no país, e até os Estados Unidos da América, devido à política do Presidente, Donald Trump.

Por isso, o que os conselheiros pediram foram medidas para apoio aos emigrantes portugueses que queiram regressar e mais recursos humanos para os consulados.

Do lado do Governo, houve promessa de mais fazer nesse sentido e um apelo aos conselheiros para que passem a informação junto das comunidades sobre a nova lei eleitoral e os mobilizem a votar.

"O objetivo é ter mais cidadãos a votar, mesmo sabendo que a abstenção vai ser maior", disse hoje José Luis Carneiro na sessão de encerramento dos encontros com os conselheiros.

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