25 set, 2018 - 18:20
Críticas ao Irão, ao multilaterismo, elogios à sua administração e um momento insólito, marcaram o discurso desta terça-feira do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na assembleia geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Primeiro, o momento insólito. Trump disse aos líderes mundiais que, em dois anos de mandato, conseguiu mais do que quase todos os seus antecessores.
A declaração provocou gargalhadas e burburinho na sala, levando o líder americano a reagir em tom de surpresa: “não esperava essa reação, mas está bem”.
Os Estados Unidos estão agora mais fortes, mais ricos e mais seguros, reforçou Trump.
Após este momento, os utilizadores do Twitter não perdoaram e recordaram um tweet que Trump escreveu em 2014 para Obama: "Precisamos de um Presidente que não seja motivo de chacota para o mundo inteiro. Precisamos de um líder verdadeiramente grande, um génio da estratégia e da vitória. Respeito!"
Os internautas devolvem a frase ao seu autor, acusando o Presidente norte-americano de ser motivo de chacota para os líderes mundiais presentes na Assembleia Geral da ONU.
Noutra passagem da sua intervenção, Trump acusou o Irão de ser uma “ditadura corrupta” que está a semear “o caos, a morte e a destruição” no Médio Oriente.
As autoridades de Teerão “não respeitam os seus vizinhos nem as suas fronteiras ou a soberania das nações”, prosseguiu o líder norte-americano, que admite novas sanções à República Islâmica.
No seu discurso de 35 minutos, Donald Trump defendeu as suas políticas nacionalistas de “América primeiro” e criticou o multilateralismo.
Também criticou as práticas comerciais da China, destacou a aproximação à Coreia do Norte, mas não falou sobre a presença militar russa na guerra da Síria ou da interferência de Moscovo nas eleições norte-americanas.
O dos pontos fortes da intervenção foi o direito da América em prosseguir o seu caminho no mundo.
“Eu honro o direito de todas as nações nesta sala para seguirem os seus costumes, crenças e tradições. Os Estados Unidos não vos dirão como devem viver, trabalhar ou rezar. Só pedimos que honrem a nossa soberania também”, sublinhou Trump.