30 set, 2018 - 09:34 • Joana Gonçalves
Subiu para 832 o número de vítimas mortais na sequência do sismo, seguido de um tsunami, que abalou a Indonésia na passada sexta-feira. O número é adiantado pela agência nacional de catástrofes.
Para além da indicação do número de vítimas mortais, que duplicou face à atualização anterior, a agência nacional de catástrofes adianta ainda que há pelo menos 260 pessoas hospitalizadas e várias ainda presas nos escombros dos edifícios que colapsaram.
Há também indicação de que toda a região afetada está sem eletricidade e a área afetada terá ultrapassado aquela que teria sido inicialmente prevista.
O jornal britânico “The Guardian” acrescenta que mais de metade dos 560 detidos numa prisão de Palu, capital da ilha atingida, fugiram depois de desabarem algumas das paredes do edifício prisional.
Já foi, entretanto, reaberto o aeroporto de Palu para que a ajuda humanitária possa chegar à região, onde continuam a ser evacuadas as vítimas, mas as operações de resgate continuam a ser muito difíceis, com as a escavar com as próprias mãos para tentar chegar às vítimas, presas nos escombros.
A maioria destas pessoas estão feridas com gravidade e recebem apoio médico no próprio local, uma vez que vários hospitais ficaram também danificados na sequência do sismo.
Segundo a Cruz Vermelha mais de 1,5 milhões de pessoas terão sido diretamente afetadas por esta catástrofe e o vice-presidente da Indonésia aponta já a possibilidade do número de vítimas mortais chegar aos milhares.
Para além do drama dos mortos, numa altura em que os corpos das vítimas do tsunami começam a dar à costa, há ainda a dificuldade de cuidar dos vivos, uma vez que a comida começa a ser limitada e há relatos de pessoas com dificuldade em adquirir água engarrafada.
A ajuda a sobreviventes e a feridos tem sido dificultada pelo difícil acesso às várias regiões afetadas, várias pontes colapsaram e muitas estradas estão cortadas.
A cidade de Donggala, por exemplo, está totalmente inacessível por terra e também a rota a aérea foi suspensa, sendo que a única alternativa é o acesso marítimo.
A ilha de Celebes foi abalada por um sismo de magnitude 7.5 na sexta-feira passada. As autoridades emitiram imediatamente um alerta de tsunami, mas acabaram por levantá-lo, uma vez que o sistema não detetou as ondas gigantes que acabariam mesmo por atingir a costa da ilha.