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Nadia Murad e Denis Mukwege são os laureados com o Nobel da Paz 2018

05 out, 2018 - 10:02

São duas personalidades ligadas à luta pelo fim da violência sexual como arma de guerra e já foram ambos Prémio Sakharov do Parlamento Europeu.

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O Prémio Nobel da Paz é este ano atribuído a duas pessoas: Denis Mukwege e Nadia Murad, pelos seus esforços para acabar com a violência sexual como arma de guerra. O anúncio foi feito esta sexta-feira.



A violência sexual durante os conflitos armados é uma violação grave do direito internacional, refere o Comité Nobel. Os seus autores devem ser julgados e responsabilizados, acrescenta a porta-voz que anunciou o prémio.

Nadia Murad foi, ela própria, vítima de violência sexual e, portanto, uma testemunha do são os abusos perpetrados durante a guerra. Recusou a aceitar os códigos sociais segundo os quais as mulheres não devem falar sobre os abusos de que são alvo.

Demonstrou, pois, uma “coragem pouco comum ao contar tudo por que passou e sofreu em prol das vítimas”, refere o Comité.


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Membro da minoria Yazidi do Iraque, Nadia Murad foi vítima do Estado Islâmico quando este grupo terrorista lançou uma ofensiva sobre o distrito de Sinjar com vista à exterminação daquela comunidade.

Torna-se agora a segunda Prémio Nobel mais nova da história. A mais nova de sempre é Malala Yousafzai, nomeada aos 17 anos.


Reveja aqui:


Denis Mukwege é um médico que passou grande parte da sua vida a ajudar vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo. Fundou um hospital em 2008 e desde então tratou, juntamente com a sua equipa, milhares de vítimas.

A maior parte dos abusos foram cometidos no contexto de uma longa guerra civil que custou a vida a mais de seis milhões de congoleses, referiu o Comité Nobel.

“Denis Mukwege é o principal símbolo, ao nível nacional e internacional, da luta contra a violência sexual durante a guerra e os conflitos armados”, disse ainda a porta-voz do Comité depois do anúncio.



“Denis Mukwege é o principal símbolo, ao nível nacional e internacional, da luta contra a violência sexual durante a guerra e os conflitos armados”, disse ainda a porta-voz do Comité depois do anúncio.

“A justiça diz respeito a toda a gente” é o lema deste congolês, que repetidamente tem condenado a impunidade perante as violações em massa e criticado o governo da R. D. Congo e de outros países por pouco fazerem para parar com a violência sexual contra as mulheres como estratégia e arma de guerra.


Quer Nadia Murad quer Dennis Mukwege já foram distinguidos pelo Parlamento Europeu com o Prémio Sakharov.

Em 2017, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído à coligação que luta pela abolição das armas nucleares. A luta antinuclear foi o tema eleito no ano passado.

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