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Venezuela. Ministro garante acolhimento a todos que queiram regressar

09 out, 2018 - 11:56

A maior preocupação do Governo “continua a ser com o bem-estar dos portugueses e lusodescendentes".

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Portugal está preparado para acolher todos os portugueses e luso-descendentes que vivam na Venezuela e decidam regressar a Portugal, assegura o ministro dos Negócios Estrangeiros português.

“Nós estamos preparados para acolher todos aqueles que entendam exercer o seu direito de regressar a Portugal”, disse o ministro, esta terça-feira, numa conferência de imprensa em Lisboa com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

Augusto Santos Silva precisou que esse acolhimento está preparado para ser feito “nos centros de emprego, no sistema de saúde, nas escolas e no sistema de segurança e proteção social”.

O ministro frisou contudo que “a preocupação maior” do Governo português neste momento “continua a ser com o bem-estar dos portugueses e lusodescendentes que estão a residir na Venezuela”. “É aí que concentramos todos os nossos esforços”, disse.

Santos Silva foi também questionado sobre a morte, na última madrugada, de um vereador municipal em Caracas, Fernando Albán, que caiu de um 10.º andar onde estava a ser interrogado nos serviços de informações, morte que a oposição atribui ao regime de Nicolás Maduro.

“Estamos a tentar obter todas as informações”, disse, considerando no entanto “muito lamentável” a morte de uma figura política. Santos Silva frisou que este tipo de incidente “só prejudica as circunstâncias de segurança, estabilidade e previsibilidade”.

Também o secretário de Estado das Comunidades, em declarações à Renascença, garantiu que Portugal continua de braços abertos para receber os portugueses e lusodescendentes que queiram regressar. Para esse efeito, foi criado um portal na internet com 18 mil oportunidades de emprego. Além disso, vai ser reforçado o envio de apoio para os migrantes na Venezuela, nomeadamente ao nível de medicamentos e tratamentos médicos.

José Luís Carneiro está de visita à Venezuela para reforçar o apoio à comunidade portuguesa, que está a sofrer as consequências da situação económica e política.

O secretário de Estado das Comunidades já esteve com a família do engenheiro luso-venezuelano que foi assassinado na segunda-feira e confirma que os portugueses donos de supermercados, alguns dos quais estiveram recentemente detidos, vão encontrar-se esta terça-feira com elementos do Governo de Caracas.


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