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Brasil. Tribunal investiga “caso do WhatsApp"

20 out, 2018 - 01:12

Bolsonaro, candidato que lidera as sondagens, é acusado de financiamento empresarial, o que é proibido no Brasil.

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O Tribunal Superior Eleitoral abriu uma investigação sobre o caso que envolve Jair Bolsonaro e várias empresas que, alegadamente, compraram mensagens para o WhatsApp contra Fernando Haddad.

O juiz Jorge Mussi aceitou o pedido do Partido dos Trabalhadores depois de a notícia do alegado negócio entre o candidato de extrema-direita e empresas ter sido capa no jornal Folha de São Paulo.

Mussi não aceitou, no entanto, medidas cautelares que passavam por buscas e apreensão imediata.

Bolsonaro tem agora cinco dias para se manifestar sobre o caso.

A candidatura de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil pode ser impugnada se uma denúncia divulgada na Folha de S. Paulo sobre um alegado financiamento empresarial para a distribuição de conteúdo no "WhatsApp" for comprovada, disseram juristas à Lusa.

Esta quinta-feira, o jornal publicou uma reportagem na qual é afirmado que algumas empresas estariam a distribuir em massa, através da rede social WhatsApp, pacotes de mensagens contrárias ao Partido dos Trabalhadores (PT), cujo candidato é Fernando Haddad, sob o patrocínio de apoiantes de Bolsonaro.

A Folha de S. Paulo descobriu um contrato de 12 milhões de reais (cerca de 2,8 milhões de euros) de uma empresa que distribuiu este tipo de mensagens.

Depois de a denúncia se tornar pública, Jair Bolsonaro negou que tenha pedido patrocínio de empresários para distribuir conteúdo no WhatsApp e disse em entrevista ao portal de notícias O Antagonista que não tem controlo do que fazem seus apoiantes.

"Eu não tenho controlo se há empresários simpatizantes de mim a fazer isso. Eu sei que desrespeita a legislação, mas eu não tenho controlo, não tenho como saber e tomar providências", declarou.

Para Renato Ribeiro de Almeida, advogado e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido o financiamento empresarial em campanhas eleitorais, este tipo de prática constitui crime e, mesmo que Bolsonaro negue conhecimento do facto, a sua candidatura está sujeita a punições e até à retirada de mandato caso seja eleito.

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  • PORTUGUÊS
    20 out, 2018 BELEM PARA BRASIL 21:35
    A ESQUERDA NO BRASIL , PELO COMPORTAMENTO , ACHOU QUE ERA DONA DO PAÍS . O SEU LIDER ,lula , TINHA TANTA CERTEZA QUE ERA DONO DA SITUAÇÃO POLÍTICA , QUE QUEM INDICASE ELEGERIA . SÓ QUE ESQUECEU DAS SAFADESAS QUE FEZ JUNTO COM SEUS COMPARSA , FOI INCONSEQUENTE ! O POVO BRASILEIRA DEU RESPOSTA . PT NUNCA MAIS . COMPROVAM OS RESULTADOS DE PESQUISAS E DO PRIMEIRO TURNO , RENOVAÇÃO ENORME NO PARLAMENTO. NO DESESPERO O PARTIDO APELA PARA TUDO , ÍNCLUSIVE PARA AS MAIS SÓRDIDAS APELAÇÕES , TAIS COMO ESSA DENUNCIA DO WHATSAPP. CRIARAM TANTOS " GORPI " E ACREDITARAM QUE SERIA VERDADE , QUE CRIARAM MAIS UMA , PARA GANHAR TEMPO E PROCURAR DERRUBAR BOLSONARO NO TAPETÃO DAA JUSTIÇA ELEITORAL . MAS NÃO TEM JEITO . BOLSONARO 17 . ESTE TAMBÉM É CRIA DO PT , POR SUA INCOMPETÊNCIA .
  • João Lopes
    20 out, 2018 Viseu 12:24
    Os anteriores governantes brasileiros marxistas, não são os responsáveis pela atual situação caótica do Brasil, onde impera o crime e a corrupção? Alguma vez ergueram a voz contra o que se passa nas ditaduras comunistas da Venezuela, Nicarágua, Cuba e Coreia do Norte? A sociedade brasileira necessita de um ambiente sereno de respeito e ordem social, porque onde não houver ordem é difícil haver tranquilidade, paz e desenvolvimento! E na atual situação do Brasil, Bolsonário é um mal menor… mas necessário!

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