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Detido homem que queria matar primeiro-ministro espanhol devido a exumação de Franco

08 nov, 2018 - 20:44

Suspeito tinha anunciado a sua intenção de matar Pedro Sanchez em várias mensagens num grupo de WhatsApp.

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A polícia deteve um homem em Terrassa, Barcelona, depois de este manifestar a sua intenção de atacar o primeiro-ministro espanhol em vingança pela exumação de Francisco Franco do Vale dos Caídos.

De acordo com fontes policiais, o homem, filho de um autarca franquista que tinha um arsenal de armas em casa, é um segurança com três décadas de experiência e que gosta de armas, tendo sido detido a 19 de setembro.

O juiz decidiu manter o homem em prisão preventiva, decisão que foi confirmada pelo Tribunal de Barcelona, alegando que o homem tinha o "sério propósito" de cometer um homicídio.

O detido, que permanece num estabelecimento prisional em Barcelona, havia anunciado a sua intenção de matar o primeiro-ministro, Pedro Sanchez, em várias mensagens num grupo de WhatsApp, tendo solicitado aos membros ajudar para concretizar a sua intenção.

O juiz agora pretende esclarecer se as suas "habilidades mentais" poderiam influenciar os seus planos para atacar o primeiro-ministro, que aparentemente começou quando Sanchez anunciou a intenção de exumar os restos do ditador Francisco Franco.

O Governo garantiu hoje que a segurança do presidente do executivo "em nenhum caso foi comprometida" e descreveu a detenção como um "incidente".

O Parlamento espanhol aprovou em setembro a proposta do Governo socialista a autorizar a exumação dos restos mortais do ditador Francisco Franco do mausoléu no Vale dos Caídos, nos arredores de Madrid, onde estão desde a sua morte.

A decisão foi tomada por 172 votos a favor, dois contra e 164 abstenções, entre as quais as dos deputados do Partido Popular (direita) e Cidadãos (direita liberal).

Francisco Franco Bahamonde foi um militar espanhol que integrou o golpe de Estado que, em 1936, marcou o início da Guerra Civil Espanhola, tendo exercido desde 1938 o lugar de chefe de Estado até morrer em 1975, ano em que se iniciou a transição do país para um sistema democrático.

Em nome de uma suposta "reconciliação" nacional, Franco transferiu a partir de 1959 os restos mortais de 37.000 vítimas - nacionalistas e republicanos - da guerra civil para o local que é visto como exaltador da ditadura franquista.

O Governo espanhol indicou sua intenção de completar a exumação do corpo do ditador até ao fim do ano.

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