15 nov, 2018 - 12:18
A procuradoria-geral da Arábia Saudita recomendou esta quinta-feira que cinco suspeitos do homicídio do jornalista Jamal Khashoggi sejam condenados à pena de morte, num aparente passo para proteger o poderoso príncipe herdeiro do reino, Mohammed bin Salman, que segundo a Turquia terá sido quem orquestrou a morte do repórter.
Numa rara conferência de imprensa em Riade, o procurador-geral do país, Saud al-Mojeb, explicou que os homicidas de Khashoggi deram início aos preparativos do homicídio a 29 de setembro, três dias antes de o jornalista ter sido morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul. Aos jornalistas, a mesma fonte oficial garantiu que o príncipe herdeiro não está implicado no crime.
O anúncio surge depois de vária semanas de pressões internacionais após as autoridades sauditas terem apresentado diferentes versões para o que aconteceu até terem assumido que Khashoggi, crítico do reino sunita e colunista do jornal norte-americano "Washington Post", foi de facto morto dentro do consulado a 2 de outubro, quando se deslocou à representação diplomática para tratar de papelada para o seu casamento.