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EUA prestes a indiciar Assange e confiantes de que vão sentá-lo no banco dos réus

16 nov, 2018 - 14:03

Cerco aperta-se ao fundador da WikiLeaks, segundo fontes familiarizadas com o processo norte-americano.

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está a preparar-se para acusar formalmente Julian Assange pela publicação de centenas de milhares de documentos secretos do Governo norte-americano pela organização WikiLeaks, que foi fundada e que continua a ser dirigida pelo australiano.

De acordo com fontes citadas pelo "Wall Street Journal", há "crescente otimismo" no Departamento sobre a possibilidade de o delator vir a ser julgado presencialmente num tribunal norte-americano.

Assange está a viver desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres, país ao qual pediu asilo político para evitar ser extraditado para a Suécia, onde enfrentava acusações de agressão sexual.

Essas acusações foram entretanto arquivadas pela Justiça sueca. Assange, que fundou a organização de delação WikiLeaks em 2006, temia que, ao ser extraditado para a Suécia, fosse depois enviado para os Estados Unidos, cujas autoridades pretendem há muito julgá-lo por traição à pátria e espionagem.

Ao longo do último ano, aponta o "Wall Street Journal" esta sexta-feira, os procuradores norte-americanos têm debatido diversos tipos de acusações formais que poderiam elevar contra Assange, sendo que, de acordo com documentos de um tribunal federal consultados pela Reuters, o australiano parece já ter sido secretamente indiciado pela procuradoria dos EUA.

As fontes familiarizadas com este caso escusaram-se a confirmar se o Departamento de Justiça pretende entrar em conversações com o Equador e/ou com o Reino Unido sobre o destino de Assange. Adiantaram, contudo, que os mais recentes desenvolvimentos na situação do delator encorajaram a procuradoria-geral a acelerar o processo de o indiciar.

Em causa está o deteriorar das relações entre Assange e as autoridades equatorianas, particularmente depois de o novo Presidente do país, Lenin Moreno, eleito em 2017, ter descrito o fundador da WikiLeaks como "uma pedra no nosso sapato", cuja presença na embaixada em Londres está a tornar-se insustentável.

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