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​EUA consideram "ilegal" a captura de navios ucranianos pela Rússia

26 nov, 2018 - 20:27

Embaixadora na ONU considera que o ato russo representa uma "violação ultrajante da soberania territorial da Ucrânia".

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A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, considerou "ilegal" a captura de navios ucranianos pela Rússia, no domingo, dizendo que tornou "impossível" uma "relação normal" com Moscovo.

Nikki Haley considera que o ato russo representa uma "violação ultrajante da soberania territorial da Ucrânia".

"Como o Presidente do meu país disse muitas vezes, os Estados Unidos são a favor de um relacionamento normal com a Rússia, mas ações ilegais como esta tornam isso impossível", disse esta segunda-feira a diplomata norte-americana, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU solicitada pela Ucrânia.

Nikki Haley também pediu à Rússia que "liberte" os navios ucranianos e as suas tripulações, colocando-se ao lado do apelo já feito hoje pelo Presidente da Ucrânia.

"Pedimos à Rússia que respeite suas obrigações internacionais e não se oponha ou inviabilize o trânsito marítimo ucraniano no estreito de Kerch", acrescentando que Moscovo deve "libertar os navios ucranianos capturados e as suas tripulações".

"Em nome da paz e da segurança internacionais, a Rússia deve imediatamente cessar o seu comportamento ilegal e respeitar os direitos de navegação e as liberdades de todos os estados", insistiu a embaixadora dos Estados Unidos, sem mencionar a possibilidade de novas sanções contra a Rússia, como pede o governo da Ucrânia.

Por iniciativa dos Estados Unidos, foi interrompida uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, que tinha sido convocada por Moscovo na manhã desta segunda-feira, intitulada "Violação das Fronteiras da Rússia".

Numa votação processual, o Conselho de Segurança rejeitou a realização desta sessão por sete votos (incluindo votos dos EUA, alguns países europeus e Koweit) entre os 15 membros.

A Rússia só foi apoiada pela China, Bolívia e Cazaquistão, com os três países africanos do Conselho e o Peru a absterem-se.

No seu discurso, o vice-embaixador russo Dimitri Polanski protestou fortemente contra aqueles que alimentam o comportamento "anti-russo".

"Vocês alimentam ódios" contra a Rússia, disse o vice-embaixador, denunciando "a violação" de regras internacionais cometida por navios ucranianos no estreito de Kerch.

No domingo, a Rússia "apenas procurou garantir a segurança daquela passagem", disse o diplomata russo.

A Rússia já admitiu ter aberto fogo na tarde de domingo contra os navios ucranianos que, na sua versão, estariam estacionados nas suas águas territoriais, perto de Crimeia, para forçá-los a parar.

A Ucrânia afirma que o ataque ocorreu em águas neutras, depois de Moscovo decidir fechar o Estreito de Kerch, para impedir o acesso de navios ucranianos no Mar de Azov.

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