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Tensão entre Rússia e Ucrânia motiva reunião de emergência na ONU

26 nov, 2018 - 06:23

A escalada deveu-se a um incidente no mar de Azov. Três navios ucranianos foram apreendidos depois de entrarem ilegalmente em água territoriais russas ignorando todos os avisos.

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A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, indicou que foi convocada para esta segunda-feira uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da UNU para discutir a escalada da tensão entre Rússia e Ucrânia.

Segundo diplomatas citados pela agência de notícias France-Presse, tanto a Ucrânia como a Rússia reivindicam o pedido de agendamento da reunião de emergência.

O Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia reuniu já de urgência e propôs ao Presidente Petro Poroshenko que ordene a lei marcial "por 60 dias", informou o secretário daquele organismo. A decisão tem que ser votada pelo Parlamento ucraniano, durante uma sessão extraordinária marcada para esta tarde.

A reunião de emergência está agendada para as 11h00 em Nova Iorque (16h00 em Lisboa), nos Estados Unidos, 16h00 em Lisboa, segundo Nikki Haley.

A NATO pediu, também no domingo, “contenção” à Rússia e à Ucrânia após um ataque a três navios ucranianos no mar de Azov e instou Moscovo a permitir a livre circulação nas suas águas territoriais.

Apelou igualmente à “contenção e à redução de tensões”, informou a porta-voz da Aliança Atlântica, Oana Lungescu.

No domingo, a Armada ucraniana acusou a Rússia de ter apresado três navios militares da Ucrânia e fechado o estreito de Kertch, tendo disparado contra as embarcações e ferido três pessoas, situação que já foi confirmada por Moscovo.

Lungescu sublinhou que, na cimeira Aliada de julho, em Bruxelas, os líderes da NATO expressaram o seu apoio à Ucrânia e deixaram claro que a militarização russa em curso na Crimeia, no mar Negro e no mar de Azov faz “supor mais ameaças à independência da Ucrânia e agita e põe em causa a estabilidade da região”.

Entretanto, a alta representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança exigiu à Rússia que restaure a liberdade de circulação no estreito de Kertch, para baixar a tensão na região.

“Esperamos que a Rússia restaure a liberdade de passagem no estreito de Kertch e apelamos a todos para atuarem com a maior contenção para baixar a tensão imediatamente”, indicou a porta-voz de Frederica Mogherini, em comunicado.

"A União Europeia não reconhece e não reconhecerá a anexação ilegal da península da Crimeia por parte da Rússia”, frisou.

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