03 dez, 2018 - 11:57
Já há vários postos de combustível vazios em França, em consequência dos protestos convocados pelo movimento “coletes amarelos”.
Para além de várias estradas e rotundas os manifestantes bloquearam o acesso a 11 depósitos da empresa petrolífera Total. Segundo a empresa há dezenas de postos de combustível que estão secos por causa dos protestos.
Ao fim de semanas de ações nas ruas, que têm paralisado zonas inteiras do país e dificultado o comércio, os “coletes amarelos” não dão mostras de ceder nas suas reivindicações, nomeadamente a anulação do aumento do imposto sobre combustíveis.
O fim de semana ficou marcado em França por violentos protestos do movimento dos "coletes amarelos", sobretudo por desacatos em Paris e por atos de vandalismo no Arco do Triunfo. O monumento, que é símbolo emblemático de Paris e da própria França, foi pintado, o seu museu saqueado e uma estátua partida, à margem dos protestos.
Os últimos dados sobre sábado indicam que 136 mil pessoas se juntaram à mobilização dos "coletes amarelos" e que houve 263 feridos.
O porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, não quis adiantar esta segunda-feira de manhã qualquer informação sobre se o Governo vai ceder ao que desde o início foi a primeira reivindicação dos coletes amarelos': anular o aumento de impostos sobre os combustíveis (gasolina e especialmente diesel), agendado para 1 de janeiro.
"Não tomamos as decisões antes" das reuniões com os representantes desse movimento e das partes, já que "vamos recebê-las para conversar", disse Griveaux, em entrevista à emissora "France Inter".
Durante o fim-de-semana o Presidente Macron, que tem sido vaiado nas suas aparições em público, convocou os partidos e principais instituições para reuniões com o objetivo de discutir a crise. Essas reuniões começaram a ter lugar esta segunda-feira de manhã.
A primeira reunião foi com a presidente da câmara de Paris, mas pelo Palácio de Matignon vão passar os líderes ou representantes dos principais partidos franceses, incluindo os da extrema direita e extrema esquerda, que nos últimos dias têm pedido a dissolução da Assembleia Nacional, e a convocação de eleições legislativas.