07 dez, 2018 - 08:20
A China lança esta sexta-feira uma sonda para o lado oculto da Lua. O objetivo é colocar um veículo robotizado para estudar a zona da superfície lunar que não pode ser vista da Terra, um feito inédito na exploração espacial.
Trata-se da segunda missão espacial chinesa a colocar uma sonda na superfície da Lua, depois de uma outra, em 2013.
A nova missão da agência espacial chinesa, a "Chang'e-4", é, no entanto, a primeira do mundo a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o "lado negro da Lua", onde pretende testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre, de acordo com um artigo da revista científica Nature.
A "Chang'e-4" tem lançamento previsto para o final da tarde (madrugada de sábado na China) do Centro Espacial de Xichang.
O local provável de alunagem da sonda e do veículo robotizado será a cratera Von Kármán, situada na bacia do Polo Sul-Aitken, a maior e mais antiga depressão na Lua e uma das maiores zonas de impacto do Sistema Solar.
"É uma área-chave para dar resposta a várias questões sobre a história da formação da Lua, incluindo a sua estrutura interna e a evolução da sua temperatura", afirmou, citado pela “Nature”, o investigador Bo Wu, da Universidade Politécnica de Hong Kong, que descreveu a topografia e a geomorfologia da cratera.
A meta final da agência espacial chinesa, ainda sem data marcada, é criar uma base na Lua para exploração humana.