13 dez, 2018 - 22:57
O Senado norte-americano aprovou esta quinta-feira o fim do envolvimento militar na guerra no Iémen e culpou o príncipe saudita pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Numa sessão histórica, os senadores aprovaram – por 56 votos contra 41 - o fim do apoio militar dos Estados Unidos à coligação liderada pela Arábia Saudita que combate os rebeldes houtis no Iémen.
Sete senadores republicanos juntaram-se à oposição democrata para apoiar a medida.
A aprovação das duas moções é, sobretudo, simbólica, uma vez que para terem força de lei terão de passar pela Câmara dos Representantes, que tem bloqueado todas as resoluções contra os sauditas.
Logo após a votação sobre o Iémen, o Senado aprovou, por unanimidade, uma declaração a responsabilizar o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
“É uma tomada de posição forte. Representa os valores que defendemos nesta casa”, afirmou o senador republicano Bob Corker, presidente da comissão dos Negócios Estrangeiros.
Apesar das evidências apresentadas pela CIA de que o assassinato de Khashoggi, em plena embaixada saudita em Istambul, foi ordenado pelo príncipe saudita, o Presidente Donald Trump manteve o seu apoio a Riade.