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Três missões espaciais que farão história no arranque de 2019

28 dez, 2018 - 09:36 • Redação

No início do próximo ano, vamos saber mais sobre a Lua, o Bennu e o Ultima Thule.

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A noite da passagem de ano será histórica também no espaço. Enquanto milhões de pessoas estiverem a celebrar a chegada de 2019, a sonda OSIRIS-REx entrará na órbita do asteróide Bennu.

Trata-se da primeira missão da NASA que visa estudar e recolher uma amostra de um asteróide, neste caso um dos mais próximos da Terra e o corpo celeste mais pequeno alguma vez orbitado tão perto por uma sonda.

Descoberto em 1999, Bennu é conhecido por ser rico em carbono, um composto básico da vida tal como se conhece. Contém recursos naturais como água, compostos orgânicos e metais.

Durante um ano, a OSIRIS-REx vai estudar o corpo rochoso, sem aterrar nele, com o propósito de selecionar um local seguro e cientificamente interessante para recolher em 2020, com o auxílio de um braço robótico, um fragmento de rocha que será enviado para análise na Terra, onde a sonda deverá regressar em 2023. Ao todo, só poderão ser feitas três tentativas de recolha de amostras.

Segundo a NASA, a missão irá ajudar os cientistas a compreender melhor como se formaram os planetas do Sistema Solar e como começou a vida na Terra.

A 1 de janeiro, a sonda New Horizons deve chegar a Ultima Thule, considerado o corpo espacial mais longínquo que o Homem conseguiu alcançar.

Localizado para além da órbita de Plutão, numa zona conhecida como Cintura de Kuiper, o Ultima Thule é cerca de cem vezes mais pequeno do que Plutão, segundo as estimativas dos cientistas. A sonda deverá sobrevoar a cercar de 3.500 quilómetros deste objeto espacial, durante cerca de 72 horas, aproximando-se mais do Ultima Thule do que se aproximou de Plutão, em 2015.

Tal como Plutão, os cientistas estimam que o Ultima Thule esteja em órbita há milhares de milhões de anos e esta missão poderá ajudar a entender melhor a origem do universo.

A missão da New Horizons começou há 13 anos, com o objetivo de recolher e enviar para a Terra informações sobre Plutão e as suas luas. Em 2015, esta sonda não tripulada entrou para a história ao tornar-se o primeiro objeto feito pelo Homem a aproximar-se de Plutão.

Também nos primeiros dias de 2019, a China espera alcançar um feito inédito na exploração espacial: aterrar pela primeira vez no lado oculto da lua. A missão espacial chinesa “Chang’e-4”, lançada no início de dezembro, é a primeira do mundo a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o "lado negro da Lua", onde pretende testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre.

O local provável de alunagem da sonda e do veículo robotizado será a cratera Von Kármán, situada na bacia do Polo Sul-Aitken, a maior e mais antiga depressão na Lua e uma das maiores zonas de impacto do Sistema Solar.

A meta final da agência espacial chinesa, ainda sem data marcada, é criar uma base na Lua para exploração humana.

Comentários
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  • vítor Luz
    28 dez, 2018 Lisboa 11:10
    Se os milhões que gastaram nisso fossem antes empregues para criar empregos e acabar com a miséria que existe por todas as cidades dos EUA era bem melhor!

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