07 jan, 2019 - 11:35 • Redação com Lusa
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Está escolhida a data em que o Parlamento britânico vai votar o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. Dia 15 é a data que a BBC está a avançar para a votação na Câmara dos Comuns.
"O plano é ganhar a votação na terça-feira ou quando quer que seja. O plano, o foco e o objetivo é ganhar a votação", afirmou esta segunda-feira de manhã o secretário de Estado adjunto para o Brexit, Kwasi Kwarteng.
Entrevistado no programa Today, da rádio BBC 4, Kwarteng mostrou-se confiante na aprovação do documento e rejeitou a ideia de que a primeira-ministra apresentaria o texto de novo aos deputados se perdesse.
O "voto significativo" – como é conhecida esta votação – estava inicialmente previsto para 11 de dezembro, mas foi adiado pelo Governo na véspera, devido ao risco de chumbo por uma "margem significativa", justificou na altura a primeira-ministra, Theresa May.
De lá para cá, May tem-se desdobrado em contactos – até dentro do seu próprio partido – e continua a defender a sua versão para o Brexit.
No domingo à noite, também numa entrevista à BBC, Theresa May dizia que um eventual chumbo iria lançar o Reino Unido em território desconhecido.
“Se o acordo for rejeitado, entramos em território desconhecido. Não creio que alguém possa dizer o que vai acontecer em termos de reação no Parlamento. Porque temos na Câmara dos Comuns um Partido Trabalhista que anda a brincar com isto, que rejeita qualquer acordo para criar um verdadeiro caos”, criticou.
“Há quem queira um segundo referendo para travar o Brexit e há quem pretenda um Brexit perfeito. Mas não deixem que a busca pela perfeição seja inimiga de um bom acordo, porque o perigo é acabarmos sem qualquer Brexit", avisou ainda.
O debate na Câmara dos Comuns será retomado na quarta-feira e prolonga-se até quinta ou sexta-feira.
A primeira-ministra defende ainda que não haverá tempo para um novo referendo antes de 29 de março (o dia marcado para a saída oficial do Reino Unido) e considera que, a existir nova consulta, seria uma falta de respeito face ao resultado de 2016.