08 jan, 2019 - 20:33 • Lusa
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português aconselha a "máxima prudência" aos cidadãos nacionais que se desloquem ao Estado brasileiro do Ceará, devido à insegurança que assola esta região.
"Tendo em conta a situação de insegurança que se verifica desde a madrugada do dia 2 de janeiro no Estado do Ceará, em especial na Região Metropolitana de Fortaleza, aconselha-se a máxima prudência em eventuais deslocações ao Ceará", informa o MNE, no portal das comunidades.
Também foram dados conselhos de saúde, nomeadamente de vacinação para a febre amarela e dengue, para quem visite o Brasil nos próximos meses.
"Devido ao elevado número de casos de febre amarela recentemente registados em alguns estados do Brasil sobretudo Minas Gerais, São Paulo , Espírito Santo, Rio de Janeiro e Baía, recomenda-se aos viajantes que se desloquem a este país, antes de embarcar, que se assegurem que estão devidamente vacinados contra a febre amarela", informa o ministério tutelado por Augusto Santos Silva.
A propósito da dengue, o MNE esclarece que foi publicado "no passado mês de março o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti - LIRAa", que traça o diagnóstico da doença em mais de 1.800 municípios brasileiros.
"O LIRAa utiliza um índice com três níveis (Risco, Alerta, Satisfatório) que leva em consideração a percentagem de casas visitadas que tinham larvas do mosquito Aedes aegypti", finaliza o ministério acerca do vírus dengue.
O Estado do Ceará tem sido palco de vários ataques que já levaram ao envio de vários reforços policiais para a região.
Os ataques começaram a ser registadas na noite de quarta-feira em todos os municípios que fazem parte da região metropolitana da capital estadual, Fortaleza, e visam principalmente autocarros, prédios públicos e bancos.
As autoridades investigam se os ataques são uma represália das organizações criminosas contra medidas anunciadas pelo governador do Ceará, Camilo Santana, para reformar a administração das prisões estaduais.
O Ceará foi o terceiro estado brasileiro que registou mais mortes violentas em 2017, com uma taxa de 59,1 mortes por cada 100.000 habitantes.