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Brexit pode ser adiado até julho

13 jan, 2019 - 19:23 • Tiago Palma

A primeira-ministra fez um apelo dramático aos deputados, este domingo, pedindo-lhes que aprovem a sua proposta de saída do Reino Unido da UE.

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O prazo para o Brexit está definido há muito: 29 de março de 2019. No entanto, e segundo avança o jornal britânico "Guardian", citando fonte oficial da União Europeia (UE), a primeira-ministra Theresa May poderá vir a solicitar um adiamento, pedido esse que a UE aceitará, prolongando-se o complexo processo de saída por mais “três a quatro meses”.

A notícia chega a somente dois dias de o Parlamento britânico votar a proposta para a saída do país da UE.

No entanto, a votação não se afigurará tarefa simples para May, que face à oposição (discordante especialmente em relação à solução de salvaguarda para a província britânica da Irlanda do Norte, exigindo da Comissão Europeia garantias renovadas sobre o estatuto norte-irlandês) poderá ver-se na obrigação de rever e retificar o acordo, explica o "Guardian".

Para que o adiamento seja uma realidade até, pelo menos, julho, explica fonte da União Europeia ao jornal, “a primeira-ministra tem que sobreviver no cargo e dizer-nos que precisa de mais tempo para convencer o Parlamento”.

Mas nem tudo é assim tão simples de se resolver com um mero pedido de May. O adiamento está previsto no artigo 50, sim, mas importa recordar que o Parlamento Europeu vai a eleições em maio, pelo que o Reino Unido, mesmo que de saída, teria de eleger novos eurodeputados.

"A primeira sessão do Parlamento [após as eleições] é em julho. Será preciso deputados do Reino Unido lá se o país continuar a ser um estado-membro", acrescenta um diplomata europeu, citado pelo "Guardian".

Este domingo, recorde-se, para que aprovem a sua proposta de saída do Reino Unido da União Europeia, lembrando que votar contra "uma violação catastrófica e imperdoável da democracia".

Este domingo, recorde-se, Theresa May fez um apelo dramático aos deputados para que aprovem a sua proposta de saída do Reino Unido da União Europeia, lembrando que votar contra será "uma violação catastrófica e imperdoável da democracia".

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