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Espanha. Chegar a Julen vai demorar pelo menos dois dias

16 jan, 2019 - 06:58 • Redação

Cabelo do menino de dois anos foi encontrado no poço. A equipa que resgatou os mineiros chilenos em 2010 está a ajudar nas operações.

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Dois técnicos de uma empresa sueca, que ajudou ao resgate dos mineiros chilenos presos numa mina em 2010, já estão a trabalhar nas operações para alcançar a criança espanhola de dois anos, que está desaparecida depois da queda num poço.

As autoridades esperam fazer, nos próximos dois dias, dois túneis que permitam o acesso ao poço com mais de 100 metros de profundidade, onde estará Julen.

“Um dos túneis será paralelo ao poço onde acreditamos que está o menino e o outro será oblíquo ou horizontal, para o caso de algum deles falhar”, disse Gómez de Celis, delegado do Governo na Andaluzia, aos jornalistas.

O prazo previsto para a conclusão dos túneis é de 48 horas, a contar desde a tarde de terça-feira, embora as autoridades admitam que “há sempre uma margem de imprevisibilidade”.

A ligação entre o túnel e o poço será feita por especialistas em resgate mineiro que chegaram das Astúrias. Vão trabalhar em conjunto com os dois técnicos da empresa sueca, que estarão responsáveis pela geolocalização do poço. “Não é regular, pode ter algum tipo de curvatura e há que saber bem onde e como vamos fazer a ligação aos túneis”, adiantou o delegado do Governo.

Foram encontrados cabelos dentro do poço em Málaga e as análises de ADN confirmam que o que pertencem à criança.

O diretor da Guarda Civil, Felix Azón, explicou aos jornalistas que a família já foi informada de que foram encontrados vestígios biológicos que têm “altíssima possibilidade de serem da criança”.

"Isso leva-nos a confirmar a estratégia de sugar o poço para tentar chegar ao lugar onde a criança está", disse Azón, que, no entanto, insistiu que se mantêm em cima da mesa todas as outras opções de resgate.

Está preso num poço com 110 metros de profundidade
Está preso num poço com 110 metros de profundidade

Julen, de dois anos, está preso num poço com 110 metros de profundidade e 20 centímetros de diâmetro, desde domingo.

O pai do menino e o alcaide de Totalán, Miguel Ángel Escaño, já mostraram o desagrado pela demora na reação das autoridades e de uma alegada lentidão nas operações.

A operação de resgate começou no domingo. Os bombeiros introduziram uma câmara no poço, que chegou quase aos 80 metros de profundidade, altura em que se deparou com barreira de terra, possivelmente fruto de um desprendimento. Aí, a câmara capturou imagens de um saco de brinquedos e doces que, segundo a família, estavam com Julen na altura em que desapareceu.

A equipa de resgate chegou a retirar 60 centímetros de terra e pedras, mas, devido à lentidão da operação, resolveu optar pela perfuração dos túneis.

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