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"Não vamos parar até o encontrarmos". Nova estratégia para chegar a Julen é túnel vertical

17 jan, 2019 - 14:44 • Marta Grosso com jornais

A garantia é dada pela sub-delegada do governo de Málaga, onde o menino de dois anos caiu num poço, no domingo. Já passaram mais de 100 horas desde o acidente.

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As equipas de resgate do pequeno Julen mudaram de estratégia nesta quinta-feira e decidiram escavar um túnel vertical e paralelo ao local onde se crê que a criança estará.

Numa luta contra o tempo, a decisão foi tomada depois terem encontrado dificuldades na abordagem horizontal, durante a qual as operações se depararam com várias formações rochosas e deslizamentos de terra.

Agora, além do túnel vertical e paralelo, está a ser criada uma galeria lateral – um buraco com cerca de 70 metros para aceder à zona onde se acredita que estará a criança – a cerca de 80 metros de profundidade, debaixo de um tampão de terra.

Primeiro, entraram as escavadoras, depois mineiros para escavarem manualmente.


Em condições normais, esta é uma tarefa que demoraria perto de 12 horas, mas as dificuldades do terreno não deixam fazer uma previsão de tempo. E há quem avance mais dois ou três dias até as equipas conseguirem alcançar a criança.

Segundo Juan López Escobar, engenheiro do Colégio de Minas de Málaga, salienta que “o importante é chegar ao local, horizontal ou vertical”, sendo que todos querem que tal aconteça rapidamente. As equipas estão, por isso, a trabalhar “com a máxima urgência”.

A complementar a construção dos túneis e galerias, foram tomadas medidas para proteger a criança das vibrações provocadas pelos trabalhos.

A chuva prevista para o próximo fim de semana é mais um fator a condicionar os trabalhos.

Julen Jiménez caiu no poço de Totalán, em Málaga, ao início da tarde de domingo. As operações de socorro e resgate decorrem desde as 14h00 desse dia.


“Não vamos parar um só minuto”

A sub-delegada do governo de Málaga afirmou esta tarde aos jornalistas que ninguém vai parar até encontrar o menino de dois anos.

“Continuamos a trabalhar e não vamos parar um só minuto até retirar o menor dali. Tenho certeza disso. Ninguém da equipa duvida de que vamos retirá-lo e cruzamos os dedos para que possamos retirá-lo com vida”, afirmou.

Segundo María Gámez, a família está a sofrer muito, mas está a colaborar e sabe que todos os envolvidos nas operações estão a dar o seu melhor.

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