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Espanha

Faltam poucos metros para chegar a Julen

21 jan, 2019 - 12:11 • Marta Grosso , com jornais

Há mais de uma semana que o pequeno Julen Jimenéz, de dois anos, caiu num poço com 107 metros de profundidade, em Málaga.

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Ainda não sabem quando poderão entrar no túnel. Os mineiros que chegaram a Totalán (Málaga) no dia 15, terça-feira, para escavar o caminho até Julen e resgatar o menino ainda não sabem quando vão começar a trabalhar.

As últimas previsões apontavam para esta segunda-feira o dia em que se poderia chegar até Julen. Mas já se olha para a madrugada de terça-feira.

Ao final de domingo, a perfuradora ainda não tinha terminado, porque, se os primeiros 20 metros de galeria vertical foram feitos em sete horas, os seguintes demoraram o dobro do tempo.

“O terreno é muito complexo. Não sabemos o que vamos encontrar lá em baixo”, avisava antes Ángel García Vidal, o técnico que coordena as operações e conhece as dificuldades que um de engenharia com estas características pode sofrer.

Mas os trabalhos não pararam e toda a noite se esteve a perfurar – “em condições de trabalho extremas e com uns materiais de enorme dureza”, refere o chefe da equipa do Colégio de Engenheiros de Caminhos de Málaga, Ángel García.

Metro a metro se chega mais perto do menino de dois anos que caiu no poço no domingo, 13 de janeiro. Às 12h00 desta segunda-feira, faltam ainda sete metros.

Julen Jiménez encontrar-se-á a 71 ou 73 metros de profundidade.

Uma vez terminada a perfuração, terá de se introduzir um tubo, o que demorará mais seis horas. E mais duas para preencher um pouco a cavidade, a pedido dos mineiros. A isto se acrescentam 24 horas para os oito profissionais da Brigada de Resgate Mineiro escavarem a galeria horizontal que os levará até ao menino.

Tendo em conta as dificuldades que a maquinaria tem enfrentado, prevê-se que a equipa de mineiros tenha “uma missão dificílima”, diz o delegado do Colégio de Minas de Málaga, Juan López Escobar.

O local onde Julen Jiménez caiu, Cerro de la Corona, é cheio de desafios para as equipas de resgate e engenheiros e os imprevistos têm-se acumulado, sem tréguas para as operações que se querem o mais céleres possível.

Debaixo do solo, equipa vai trabalhar com palhetas e martelos pneumáticos, de modo a desfazer as rochas. Tudo com grande precisão, para não colocar em causa a sua segurança e a da criança.

O túnel, com 1,2 metros de altura e um de largura, será sustentado com madeira para garantir a segurança dos socorristas.

É tendo em conta todos estes detalhes e previsões que se avança agora para a madrugada ou manhã de terça-feira para que o resgate possa acontecer.

O que aconteceu?

Julen e os pais encontravam-se a passear num monte de Totalán (Málaga), onde tinham encontrar-se com outros membros da família para uma “paella”.

De repente, o menino caiu num poço sem que ninguém o conseguisse agarrar. O pai garante que começou a tirar todas as pedras que estavam no local e que chegou a ouvir o filho chorar.

Avisados os serviços de emergência, à hora do almoço daquele domingo, foram iniciadas as operações de resgate com uma equipa de mais de 100 pessoas.

Passado uns dias, foi encontrado um cabelo, que as análises de ADN comprovam ser da criança.

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