22 jan, 2019 - 07:33 • Redação
Está terminada a perfuração vertical paralela ao túnel onde caiu Julen, o menino espanhol de dois anos, há mais de uma semana.
A tarefa foi mais difícil do que se esperava, sobretudo devido às características do solo. As 15 horas previstas para a perfuração converteram-se em mais de 50 horas de trabalho.
O resgate do menino de dois anos está agora mais próximo. Será introduzido um tubo e preenchida a cavidade do túnel, a pedido dos mineiros, o que pode levar entre 12 a 14 horas. Portanto, só na tarde desta terça-feira é que os profissionais da Brigada de Resgate Mineiro podem descer e escavar a galeria horizontal que os levará até Julen.
Dadas as dificuldades que foram encontradas até agora, estima-se que toda esta operação possa demorar até 24 horas.
Furo investigado
Um tribunal de Málaga já abriu um processo para esclarecer as circunstâncias que tornaram possível a queda de Julen no poço, avança o jornal espanhol “El Mundo”.
O furo, escavado para encontrar água, está ilegal. Nem o poço nem as obras subsequentes tinham autorização do município.
As autoridades interrogaram o dono da quinta, familiar dos pais de Julen, e o empresário que iniciou a prospeção de água. Segundo o “El Mundo”, a partir desses depoimentos, ficou a saber-se que o orifício foi aberto a 18 de dezembro e que, dias antes da queda de Julen, foram realizados alguns trabalhos na área.
O que aconteceu?
Julen e os pais encontravam-se a passear num monte de Totalán (Málaga), onde tinham encontrar-se com outros membros da família para uma “paella”.
De repente, o menino caiu num poço sem que ninguém o conseguisse agarrar. O pai garante que começou a tirar todas as pedras que estavam no local e que chegou a ouvir o filho chorar.
Avisados os serviços de emergência, à hora do almoço daquele domingo, foram iniciadas as operações de resgate com uma equipa de mais de 100 pessoas.
Passado uns dias, foi encontrado um cabelo, que as análises de ADN comprovam ser de Julen.
Os pais da criança continuam no local e têm recebido apoio da população. O casal perdeu um filho (Oliver) em 2017 devido a um problema cardíaco.