24 jan, 2019 - 11:08 • Marta Grosso com redação
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Não há portugueses entre as vítimas das manifestações na Venezuela contra o regime de Nicolas Maduro, afirma Augusto Santos Silva.
“Ainda não informações de hoje de manhã da Venezuela, porque lá ainda é noite, mas ontem, às duas da manhã portuguesas [desta quinta-feira], não tinha felizmente nenhum reporte de qualquer incidente de que tivessem sido vítimas pessoas ou estabelecimentos da comunidade portuguesa”, indica.
Em direto na Manhã da Renascença, o ministro dos Negócios Estrangeiros adianta que “houve, nos dias anteriores, uma padaria que foi objeto de um incidente”, mas dos incidentes de quarta-feira “não temos ainda registo de qualquer acontecimento grave e isso é positivo".
Augusto Santos Silva defende que Nicolas Maduro já não tem a legitimidade do povo, pelo que apela à realização de eleições livres e justas.
“O regime de Nicolas Maduro tem de compreender que neste momento não dispõe de nenhuma legitimidade resultante do apoio social. As manifestações de ontem foram eloquentes, o isolamento internacional é também eloquente, a forma como a União Europeia, os Estados Unidos, a maioria dos países da Organização dos Estados Americanos contestaram e não reconheceram a eleição presidencial de maio também é eloquente e todos nós temos de compreender quando é que a nossa hora passa”, sustenta.
“E quando, em vez de teimar numa posição de intransigência, compreendemos que é preciso devolver a palavra às pessoas e devolver a palavra às pessoas significa convocá-las para elas decidirem para onde querem ir e quem querem que as represente e as dirija”, defende.
Quanto ao reconhecimento de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela, o chefe da diplomacia portuguesa diz aguardar por uma tomada de posição da União Europeia.
“Portugal faz tudo para que haja uma posição comum da União Europeia. Este é um processo que está a evoluir, e que está a evoluir muito rapidamente”, avança.
Na quarta-feira, vários manifestantes saíram à rua, a favor e contra o Presidente Nicolas Maduro e o presidente do Parlamento, Juan Guaidó, assumiu a Presidência interina do país.
Entretanto, o número de vítimas mortais subiu para 16.