25 jan, 2019 - 07:38 • Redação
Continua, esta manhã, a escavação da galeria horizontal que vai ligar o túnel vertical ao poço onde se encontra Julen, o menino de dois anos que caiu a 13 de janeiro.
Em 13 horas, os mineiros escavaram à mão 1,5 metros dos quase quatro metros necessários para chegar ao poço e já tiveram de recorrer a duas "micro explosões". As operações no terreno não pararam durante a noite, mas estão a revelar-se complexas e a demorar mais do que o previsto.
“Contenhamos a respiração pelos mineiros que trabalham sem descanso para resgatar o pequeno Julen, em Totálan, e esperemos por notícias”, escreveu, no Twitter, o centro de emergências da Andaluzia, poucas horas depois de os mineiros da Brigada de Salvamento começarem a descer o túnel.
Esta é a última fase da operação de resgate que começou há quase de duas semanas. Os mineiros estão a descer aos pares numa cápsula de metal construída propositadamente para este resgate. Cada equipa de dois mineiros trabalha em turnos de, no máximo, 40 minutos.
Na noite desta quinta-feira, familiares, amigos e vizinhos de Totalán, em Málaga, organizaram mais uma vigília para apoiar a família de Julen.
Está em curso uma petição em Espanha a pedir que o Prémio Princesa das Astúrias de la Concordia seja concedido à Brigada de Salvamento Mineiro de Humosa, pela sua participação no resgate. A petição, que pode ser encontrado aqui (change.org), já conta com cerca de oito mil assinaturas.
Um tribunal de Málaga já abriu um processo para esclarecer as circunstâncias que tornaram possível a queda de Julen no poço. O furo, escavado para encontrar água, está ilegal. Nem o poço nem as obras subsequentes tinham autorização do município.
Julen e os pais encontravam-se a passear num monte de Totalán (Málaga), onde tinham encontrar-se com outros membros da família para uma “paella”. De repente, o menino caiu num poço sem que ninguém o conseguisse agarrar. O pai garante que começou a tirar todas as pedras que estavam no local e que chegou a ouvir o filho chorar.
Os pais da criança continuam no local e têm recebido apoio da população. O casal perdeu um filho (Oliver) em 2017 devido a um problema cardíaco.