26 jan, 2019 - 17:11 • Redação
"A posição do corpo determina que foi uma queda livre e rápida, até os 71 metros, onde o encontrámos", disse este sábado o represente do Governo da Andaluzia, Espanha, Alfonso Rodríguez Gómez de Celis, sobre o local e a forma como o pequeno Julen foi resgatado.
Segundo avança o El Mundo, a autópsia feita ao corpo de Julen revelou que o menino sofreu um "traumatismo cranioencefálico grave". A imprensa espanhola avança que não é conhecido se o golpe na cabeça é proveniente da queda ou se terá sido feito antes.
O cadáver da criança foi encontrado este sábado à 1h25, depois de ter caído num buraco a 13 de janeiro. A dificuldade de chegar à criança deveu-se à orografia do local e aos materiais que compõe os terrenos em que se deu a tragédia.
Gómez de Celis, citado pelo "El País", indicou que a autópsia está a ser realizada a partir das 8h00. "Já houve alguns exames médicos preliminares e esperamos que ao longo do dia possa haver os primeiros resultados ", detalhou.
A investigação Será conduzida pelo Tribunal de Instrução de Málaga, que abriu o processo na última terça-feira. "Vale a pena lembrar que todos os documentos devem ser secretos. Pela nossa parte não podemos comunicar qualquer tipo de informações. Quando a autópsia terminar, o resultado será transferido para o juiz ", afirmou. No entanto, os primeiros dados já se tornaram públicos de forma oficiosa.
Gómez de Celis afirmou que começaram os trabalhos para cobrir o poço, ontem à noite, com uma chapa de aço de 600 quilos e que a intenção é encher os dois poços e selá-los quando tiverem a autorização judicial.
“Houve um trabalho feito com urgência, mas com grande delicadeza. Queríamos chegar a Julen sem causar danos ", disse o representante do governo da Andaluzia, numa conferência de imprensa realizada num hotel em La Cala del Moral, pertencente ao município de Rincon de la Victoria, em Málaga a 8,5 quilómetros de Totalán.
Gómez de Celis agradeceu o trabalho de todas as forças de segurança, especialmente os mineiros.
O corpo foi levantado às 4h00, e estava coberto de areia. O responsável explicou que uma das teses mais prováveis é que, na própria queda, a terra se foi desprendendo das paredes do poço, "muito imperfeita e muito arenosa".
A investigação sobre as responsabilidades da morte do menino de dois anos está nas mãos de uma magistrada.
A operação de resgate de Júlen foi “uma missão colossal” que envolveu a remoção de 85 mil toneladas de areia.