27 jan, 2019 - 13:01 • Marta Grosso
É hoje o dia do funeral de Julen. Junto à casa mortuária de El Palo, onde acorreram centenas de pessoas, os primeiros momentos foram de silêncio, numa comoção conjunta pelo adeus ao menino de dois anos.
Seguiram-se os aplausos de homenagem aos pais, que perderam o segundo filho em dois anos, e ao pequeno Julen.
A despedida faz-se no meio de muitas flores e balões com o nome de Julen gravado. E, entre as muitas pessoas que quiseram assistir às cerimónias estão os bombeiros que participaram na operação de resgate.
“Nunca tinha visto tanta gente aqui”, diz uma senhora ao “El Mundo”. Ao mesmo jornal, uma prima da mãe da criança, Victória García, agradece o apoio de toda “a boa gente” que permaneceu na casa mortuária durante toda a noite.
“Ficámos aqui toda a noite. Foi muito duro, mas estamos muito agradecidos a todos os nossos vizinhos de El Palo”, afirmou.
O corpo da criança foi localizado e recuperado na madrugada de sábado, pelas 1h25 (menos uma hora em Lisboa), 13 dias depois de Julen ter caído no poço. Foi submetido a autópsia e chegou à casa mortuária pelas 16h00 do mesmo dia (menos uma em Lisboa).
De acordo com os primeiros resultados da autópsia, Julen terá morrido na sequência de um “traumatismo cranioencefálico grave”.
O caso está a ser alvo de uma investigação judicial, conduzida pelo Tribunal de Instrução de Málaga, que abriu o processo na última terça-feira.
“Vale a pena lembrar que todos os documentos devem ser secretos”, lembrou o represente do governo da Andaluzia, Alfonso Rodríguez Gómez de Celis.