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Vaga de frio extremo faz pelo menos 12 mortos nos EUA

31 jan, 2019 - 13:33 • Redação com Lusa

Perante esta vaga de frio sem precedentes, o Presidente norte-americano, Donald Trump, recorreu ao Twitter para expressar um desejo tão peculiar quanto... confuso: “Aquecimento global, por favor volta!"

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Vai estar mais frio nos EUA do que nalgumas zonas da Antártida. Vídeo: Marília Freitas/RR
Vai estar mais frio nos EUA do que nalgumas zonas da Antártida. Vídeo: Marília Freitas/RR

A vaga de frio extremo, sem precedentes, que afeta os Estados Unidos fez nos últimos dias pelo menos 12 mortos e várias regiões podem estar a sentir uma sensação térmica que pode chegar aos 53 graus negativos.

Estas condições meteorológicas adversas forçaram a adoção de medidas de emergência por parte das autoridades, nomeadamente para proteger a população mais frágil.

As agências internacionais noticiaram que o corpo de um homem de 70 anos foi encontrado, quarta-feira, com sinais de hipotermia em Detroit, a maior cidade do estado do Michigan, na região centro-oeste, onde a sensação térmica rondou os 30 graus negativos. A polícia local não quis confirmar se a causa da morte foi o frio sentido na região.

Com esta morte, e segundo as contas da agência de notícias Reuters, pelo menos 12 pessoas morreram nos últimos dias na sequência destas condições meteorológica, nomeadamente em acidentes de trânsito.

O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS, na sigla em inglês) indicou que a “massa de ar ártico sem precedentes” vai provocar temperaturas extremas com sensações térmicas entre os 34 graus negativos e os 51 graus negativos nas planícies do norte, na região dos Grandes Lagos e no norte da zona do "Midwest" (como é conhecida a região centro-norte dos EUA).

No noroeste do Estado do Minnesota (centro-norte), os termómetros desceram aos 40 graus negativos na pequena cidade de Mahnomen. A essa hora, a sensação térmica na localidade era de 53 graus negativos.

As autoridades dos Estados do Illinois, Wisconsin e Michigan emitiram boletins de alerta, indicando que esta quarta-feira fora o dia mais frio desta vaga polar. Estes alertas abrangeram cerca de 60 milhões de pessoas.

Em Chicago (Estado do Illinois), uma das maiores cidades dos Estados Unidos, onde vivem 2,7 milhões de pessoas, foi registada uma temperatura mínima de 29 graus negativos. Mas os ventos polares estão a agravar as condições e a sensação térmica chegou aos 46 graus negativos.

A vaga de frio polar está a provocar vários constrangimentos ao nível dos transportes e dos serviços.

Por exemplo, no Aeroporto Internacional O'Hare, em Chicago, as autoridades cancelaram mais de 1.300 voos, enquanto no aeroporto “vizinho” de Midway mais de 300 foram cancelados.

Os serviços de correio e a circulação em algumas linhas ferroviárias também foram suspensos por causa do frio intenso.

Perante esta vaga de frio sem precedentes, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu à rede social Twitter para reagir, com uma declaração em que confunde o conceito de aquecimento global, cujas consequências se podem manifestar em intempéries extremas.

“No belo ‘Midwest’ as temperaturas estão a atingir 60 graus negativos, o maior frio alguma vez registado. Nos próximos dias espera-se que fiquei ainda mais frio. As pessoas não podem sair nem por uns minutos. Que diabo está a acontecer com o aquecimento global? Por favor volta depressa, precisamos de ti!”, escreveu terça-feira o chefe de Estado norte-americano.

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