14 fev, 2019 - 02:55 • Redação
Paul Manafort, antigo diretor de campanha de Donald Trump, mentiu aos procuradores e quebrou o acordo com o conselheiro especial, Robert Mueller, que está a investigar a interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, concluiu esta quarta-feira uma juíza federal.
A magistrada Amy Berman Jackson encontrou uma “preponderância” de provas de que Manafort mentiu sobre três matérias distintas ao FBI, à equipa de Mueller e a um grande júri.
O antigo homem de confiança de Trump faltou à verdade, nomeadamente, sobre contactos com o seu antigo parceiro de negócios Konstantin Kilimnik que, de acordo com os procuradores, tem ligações aos serviços secretos russos.
Manafort também mentiu sobre a sua interação com Kilimnik, relativamente à partilha de sondagens sobre a campanha de Trump e as suas conversas sobre um “plano de paz para a Ucrânia”, com o objetivo de levantar as sanções dos Estados Unidos contra a Rússia.
A juíza ilibou Manafort das alegações de que mentiu noutras duas situações: o papel de Kilimnik numa acusação de obstrução à justiça e nas declarações do ex-diretor de campanha sobre os seus contactos com membros da Administração Trump.
Paul Manafort, que está detido desde junho do ano passado, na Virgínia, arrisca agora ser condenado a uma pena mais pesada ou ver acusações reabertas.
Em agosto, o antigo diretor de campanha de Trump foi considerado culpado de oito crimes de fraude, fraude bancária e por esconder contas bancárias.
No mês seguinte, chegou a um acordo com a equipa de Mueller e evitou um segundo julgamento por lavagem de dinheiro. Aceitou colaborar com a justiça e declarou-se culpado de um crime de conspiração contra os Estados Unidos e outro de conspiração para obstruir a justiça.