17 fev, 2019 - 09:30 • Lusa
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou aos países europeus – nomeadamente, Reino Unido, França e Alemanha – para repatriarem e julgarem os seus combatentes do Estado Islâmico feitos prisioneiros na Síria.
O apelo de Trump, formulado num 'tweet' publicado no sábado à noite, surge numa altura em que o Estado Islâmico (EI) está prestes a perder o último território do “califado” pressionado pela aliança árabe-curda e a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
"Os Estados Unidos pedem ao Reino Unido, à França, à Alemanha e aos outros aliados europeus para levarem mais de 800 combatentes do EI que nós capturámos na Síria para os julgarem", escreveu.
"Não há alternativa porque seremos forçados a libertá-los. Os Estados Unidos não querem que estes combatentes do EI se espalhem na Europa, para onde se prevê que vão", adiantou.
Em dezembro, Donald Trump desencadeou a fúria dos aliados quando anunciou unilateralmente a saída a curto prazo dos 2.000 militares norte-americanos da Síria.
Na altura, este anúncio e a derrota iminente do EI relançaram a questão do destino de centenas de 'jihadistas' estrangeiros feitos prisioneiros na Síria e que a aliança árabe-curda afirma não poder manter eternamente.
No final de outubro, as autoridades semi-autónomas curdas da Síria condenaram em Bruxelas a recusa dos países europeus de receberem os seus cidadãos membros do grupo ‘jihadista' EI detidos pelas suas forças.
Os combatentes estrangeiros capturados e as respetivas famílias são originários de 46 países, anunciou Abdul Karim Omar, encarregado dos Negócios Estrangeiros na administração curda, numa conferência de imprensa em Bruxelas.
No total, 790 homens encontram-se detidos pelas forças especiais curdas numa prisão, ao passo que 584 mulheres e 1.250 crianças foram colocadas em dois campos, precisou o responsável.