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Grupo de Lima quer regime de Maduro no Tribunal Penal Internacional

25 fev, 2019 - 22:30 • Redação

O bloco regional alerta que o Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, foi alvo de ameaças de morte credíveis e reforça o apelo à saída de Nicolás Maduro do poder.

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O Grupo de Lima acusa o regime de Nicolás Maduro de crimes contra a Humanidade e pede a intervenção do Tribunal Penal Internacional (TPI).

O bolo de países decidiu "solicitar ao Tribunal Penal Internacional que leve em consideração a grave situação humanitária na Venezuela, a violência criminosa do regime de Nicolás Maduro contra a população civil e a negação de acesso a assistência internacional, que constituem crimes contra a Humanidade", refere um comunicado.

O bloco regional alerta que o Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, foi alvo de ameaças de morte credíveis e reforça o apelo à saída de Nicolás Maduro do poder.

Numa reunião em Bogotá, na Colômbia, o bloco regional considera que Nicolás Maduro é o responsável pela segurança de Guaidó, que preside à Assembleia Nacional.

Em comunicado, o Grupo de Lima exige que Maduro deixe o poder imediatamente, abrindo a porta a uma transição pacífica e a eleições livres.

O Grupo de Lima, composto pela Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucia, foi criado em 2017, quando a Venezuela foi palco de violentas manifestações, que causaram 125 mortos.

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Novas sanções dos Estados Unidos

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, encontrou-se esta segunda-feira, em Bogotá, com o Presidente interino da Venezuela.

Pence promete que os EUA vão estar ao lado de Guaidó até que a liberdade seja restaurada na Venezuela.

Os Estados Unidos avançaram com novas sanções contra o regime de Maduro e Mike Pence apelou aos países do Grupo de Lima que congelem todos os bens da petrolífera estatal venezuelana e que os transfiram para a administração de Guaidó.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos da América e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, maioritariamente da oposição, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.

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