07 mar, 2019 - 02:54
O diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, diz que o futuro da internet passa pela criação de uma plataforma troca de mensagens e uma rede social “centradas na privacidade”.
“Enquanto penso no futuro da internet, acredito que uma plataforma de comunicação centrada na privacidade vai tornar-se ainda mais importante do que as plataformas abertas de hoje”, escreveu Mark Zuckerberg no seu blogue.
O patrão do Facebook apresenta a sua “nova visão” para a internet, numa altura em que se sucedem os escândalos relacionados com a privacidade e os dados dos utilizadores de redes sociais.
Comparou o Facebook e o Instagram a “assembleias municipais”, onde as publicações podem ser vistas por milhões, mas admitiu que as pessoas preferem cada vez mais “a sala de estar”, ou seja, mais privacidade.
A visão de Mark Zuckerberg está centrada em garantir a encriptação das conversas privadas que os utilizadores trocam entre si no Messenger e no WhatsApp e tornar os serviços compatíveis um com o outro.
“Acredito que o futuro da comunicação irá mudar, cada vez mais, para serviços privados, encriptados, onde as pessoas podem ter certeza de que o que elas dizem umas às outras permanece seguro e as suas mensagens e conteúdo não ficarão para sempre. Este é o futuro que eu espero que possamos ajudar a trazer”, prometeu.
O patrão do Facebook acredita quem, dentro de poucos anos, “as futuras versões do Messenger e do WhatsApp se tornem nas principais formas de comunicação das pessoas na rede do Facebook. Estamos focados em tornar esses dois aplicativos mais rápidos, mais simples, mais privados e mais seguros, inclusive com encriptação de ponta a ponta”.
Zuckerberg reconhece que a sua empresa não tem uma boa reputação no que toca a construir serviços protetores da privacidade, mas acrescenta que o gigante tecnológico também demonstrou, repetidamente, que pode “evoluir para construir os serviços que as pessoas realmente querem”.
Detentor do WhatsApp, Messenger e Instagram, o Facebook é um dos maiores “players” mundiais das aplicações de trocam de mensagens privadas, utilizadas por mais de mil milhões de pessoas. Atualmente, apenas o WhatsApp protege totalmente os conteúdos.