08 mar, 2019 - 00:02 • Redação
Paul Manafort, o antigo diretor de campanha de Donald Trump, foi condenado a três anos e 11 meses de prisão, por crimes de fraude fiscal e bancária.
O consultor político arriscava 24 anos de prisão, mas o juiz do tribunal de Alexandria, na Virginia, não foi além de uma pena de 47 meses de prisão.
Manafort foi também condenado a pagar uma multa de 50 mil dólares e a devolver 24 milhões de dólares.
O antigo diretor de campanha de Trump tinha sido considerado culpado, em agosto do ano passado, de cinco crimes de fraude fiscal, dois crimes de fraude bancária e um crime de ocultação de contas em bancos fora dos Estados Unidos.
Os procuradores não pediram uma pena de prisão específica, mas citaram diretrizes federais que pediam entre 19 e 24 anos de prisão. No entanto, o juiz alegou que as diretrizes eram excessivas e iriam criar uma “disparidade injustificada” com outros casos.
O magistrado também sublinhou que Manafort não estava a responder por alegações de conluio com o governo russo para influenciar as eleições de 2016.
Antes de conhecer a sentença, o antigo diretor de campanha de Donald Trump pediu misericórdia e agradeceu ao juiz por liderar um julgamento justo.
Manafort não manifestou remorosos pelas suas ações, mas disse que o escândalo está a ser difícil para ele e para a sua família.
O consultor, que não testemunhou durante o julgamento, disse esta quinta-feira que foi “humilhado” e “envergonhado”. Lamentou que a sua vida profissional e situação financeira tenham ficado “em frangalhos”.
Manafort entrou no tribunal numa cadeira de rodas, a segurar uma bengala. Desta vez não vestia um fato, mas um macacão verde da prisão, com as palavras “Recluso de Alexandria” estampadas nas costas.
Estava acusado de esconder milhões de dólares às autoridades dos Estados Unidos, dinheiro que ganhou enquanto consultor do antigo governo ucraniano, pró-Rússia.
Noutro caso cuja sentença será conhecida na próxima quarta-feira, o antigo diretor de campanha de Trump arrisca uma pena de dez anos de prisão, por dois crimes de conspiração. Manafort já se declarou culpado dessas acusações, em setembro do ano passado.
[notícia atualizada às 01h28]