11 mar, 2019 - 10:45
Já foram encontradas as duas caixas negras do Boeing 737 MAX
8 da Ethiopian Airlines, que se despenhou no domingo seis minutos após a descolagem. O aparelho descolou de Adis
Abeba e que tinha como destino Nairobi, no Quénia.
Caiu numa zona chamada Hejeri, perto da cidade de Bishoftu, a sudeste da capital da Etiópia e onde fica sediada a maior base da Força Aérea etíope.
Morreram todos os ocupantes: 157 pessoas, de mais de 35 nacionalidades diferentes.
Através do Twitter, a companhia
aérea detida pelo Governo etíope refere que foram ainda recuperados tanto o
registo digital dos dados de voo como o gravador de voz do cockpit.
Um responsável da aviação, citado pela agência Associated Press sob anonimato, adiantou, no entanto, que as caixas ficaram parcialmente destruídas. "Vamos ver o que conseguimos, o que será possível recuperar", disse.
As causas do acidente ainda não são conhecidas.
O piloto apercebeu-se dos problemas, comunicou dificuldades e pediu para regressar. Teve autorização para essa manobra, mas já não conseguiu controlar o avião e acabou por cair perto da cidade de Bishoftu, a 62 quilómetros de Adis Abeba.
O avião tinha chegado no domingo de manhã da África do Sul, esteve parado durante mais de três horas no aeroporto e foi autorizado a partir sem nenhuma indicação de falhas técnicas,
A companhia aérea anunciou que imobilizou todos os seus Boeing 737 após a queda no domingo de uma das suas aeronaves.Também as autoridades chinesas ordenaram a todas as companhias aéreas do país para que deixem de usar temporariamente aviões Boeing 737 Max 8.
A Indonésia, onde há 11 destes aparelhos em operação por duas companhias, informou estar a fazer inspeções nos aparelhos para assegurar que estão em condições de voar.
É o segundo acidente com aquele modelo. O primeiro ocorreu ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, a 29 de outubro de 2018, e resultou também na morte de todos os ocupantes.