12 mar, 2019 - 22:49
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla inglesa) garante que o Boeing 737 MAX “não apresenta problemas sistémicos de performance” e mantém a confiança no avião.
A FAA explica, em comunicado, que está a proceder a uma “revisão de emergência” após o acidente de domingo, na Etiópia, que provocou a morte a 157 pessoas.
Os peritos norte-americanos afirmam que, até agora, não foram detetados “problemas sistémicos de performance” que obriguem a declarar a interdição do Boeing 737 MAX.
A União Europeia fechou esta terça-feira o espaço aéreo ao modelo da marca norte-americana.
Dan Elwell, administrador da FAA, argumenta que nenhuma autoridade de aviação estrangeira “forneceu informação” sobre falhas no avião que justifiquem uma tomada de ação.
O responsável garante que, se algum problema de segurança for identificado durante a “revisão de emergência” ao desastre na Etiópia que está em curso, a FAA “tomará medidas imediatas e apropriadas”.
O Boeing 737-8 MAX da Ethiopian Airlines despenhou-se no domingo de manhã, poucos minutos depois de ter descolado de Adis Abeba para a capital do Quénia, Nairobi.
O acidente provocou a morte das 157 pessoas (149 passageiros e oito tripulantes) que seguiam a bordo.
As vítimas são de 35 nacionalidades e pelo menos 19 eram funcionários das Nações Unidas, alguns dos quais iam participar numa cimeira dedicada ao ambiente, em Nairobi.
As ações da Boeing caíram na segunda-feira 5,33% na bolsa de valores de Wall Street, fazendo com que a sua capitalização no mercado tenha reduzido em quase 13 mil milhões de dólares. Os títulos do fabricante norte-americano caíram hoje 2% na abertura da bolsa de valores.
A Boeing indicou hoje que irá atualizar o 'software' de controlo de voo da aeronave 737 MAX para "torná-lo ainda mais segura" antes de abril, data limite que a Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA, em inglês) impôs.
A empresa com sede em Chicago (Illinois) disse num comunicado que começou a desenvolver uma atualização de 'software' com a FAA após o acidente do avião (mesmo modelo) da Lion Air na Indonésia, em outubro de 2018, e que irá aplicá-lo à sua frota "nas próximas semanas" e finalizado antes de abril.