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Companhia norueguesa vai pedir indemnização à Boeing

13 mar, 2019 - 10:07 • Agência Lusa

O segundo acidente com um 737 MAX em cinco meses levou várias companhias a suspenderam voos e alguns países a encerrarem o seu espaço aéreo.

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A Norwegian Air Shuttle vai pedir uma indemnização à Boeing, fabricante do 737 MAX, após ter suspendido os voos das suas aeronaves deste modelo e arcado, consequentemente, com prejuízos financeiros.

A porta-voz da operadora norueguesa, Tonje Naess, disse à agência de notícias Associated Press (AP) que a companhia aérea de Oslo "não pode ficar com o ônus financeiro de uma aeronave nova que não pode ser usada”.

Na terça-feira, a Norwegian Air Shuttle suspendeu os voos dos seus 18 aviões Boeing 737 MAX por recomendação das autoridades da aviação europeia, depois do acidente com o avião da Ethiopian Airlines no domingo, no qual morreram 157 pessoas.

O porta-voz da Ethiopian Airlines, Asrat Begashaw, disse hoje também que a "caixa negra" do avião da Boeing que se despenhou no domingo será levada para o estrangeiro para ser analisada, mas nenhum país ainda foi escolhido.

Vários países suspenderam os voos Boeing 737 MAX nos seus espaços aéreos e muitos companhias aéreas do mundo decidiram deixar em terra os aparelhos deste modelo. Os últimos foram os Emirados Árabes Unidos, a Malásia, a Nova Zelândia e as ilhas Fiji.

A Agência Europeia de Segurança Aérea determinou na terça-feira o encerramento do espaço aéreo europeu a dois modelos Boeing 737 MAX. A Autoridade Nacional de Aviação Civil antecipou-se em três horas à decisão da agência europeia.

O Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines despenhou-se no domingo de manhã, poucos minutos depois de ter descolado de Adis Abeba para a capital do Quénia, Nairobi. É o segundo acidente em cinco meses. Em outubro de 2018, outro Boeing 737 MAX da Lion Air caiu na Indonésia cerca de 12 minutos após a descolagem e por causa de falhas técnicas.

Na terça-feira, a Boeing indicou que irá atualizar o 'software' de controlo de voo da aeronave 737 MAX para a tornar "ainda mais segura" antes de abril, data limite imposta pela Agência Federal de Aviação norte-americana.

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