13 mar, 2019 - 18:40 • Redação
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira a interdição dos aviões Boeing 737 MAX 8 e MAX 9.
“Vamos emitir uma ordem de emergência de proibição para manter em terra todos os voos dos 737 MAX 8 e 737 MAX 9”, disse Trump aos jornalistas numa conferência de imprensa na Casa Branca.
Os aviões dos dois modelos vão permanecer em terra até que a construtora aeronáutica encontre uma solução para os problemas, explicou o líder norte-americano.
“A Boeing é uma empresa incrível” e está a trabalhar arduamente para resolver a situação, afirma o Presidente.
A decisão é tomada após dois acidentes com o Boeing 737 MAX nos últimos cinco meses, na Indonésia e na Etiópia, que provocaram mais de 350 mortos.
Na terça-feira, a Administração Federal de Aviação (FAA) tinha referido que não havia motivo para suspender a operação dos 737 MAX.
A União Europeia proibiu na terça-feira o avião de voar no espaço europeu, até que haja garantias de segurança. Outros países, como a China, tomaram a mesma decisão.
O Boeing 737-8 MAX da Ethiopian Airlines despenhou-se no domingo de manhã, poucos minutos depois de ter descolado de Adis Abeba para a capital do Quénia, Nairobi.
O acidente provocou a morte das 157 pessoas (149 passageiros e oito tripulantes) que seguiam a bordo.
As vítimas são de 35 nacionalidades e pelo menos 19 eram funcionários das Nações Unidas, alguns dos quais iam participar numa cimeira dedicada ao ambiente, em Nairobi.
As ações da Boeing caíram na segunda-feira 5,33% na bolsa de valores de Wall Street, fazendo com que a sua capitalização no mercado tenha reduzido em quase 13 mil milhões de dólares. Os títulos do fabricante norte-americano caíram hoje 2% na abertura da bolsa de valores.
A Boeing indicou na terça-feira que irá atualizar o 'software' de controlo de voo da aeronave 737 MAX para "torná-lo ainda mais segura" antes de abril, data limite que a Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA, em inglês) impôs.
A empresa com sede em Chicago (Illinois) disse num comunicado que começou a desenvolver uma atualização de 'software' com a FAA após o acidente do avião (mesmo modelo) da Lion Air na Indonésia, em outubro de 2018, e que irá aplicá-lo à sua frota "nas próximas semanas" e finalizado antes de abril.