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Telegram ganha três milhões de utilizadores em dia de caos no Facebook e WhatsApp

14 mar, 2019 - 11:54 • Redação

As redes sociais Facebook e Instagram e o serviço de mensagens WhatsApp registaram falhas na quarta-feira. O Telegram foi o grande beneficiado.

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Três milhões de novos utilizadores aderiram ao Telegram nas últimas 24 horas, depois de, na quarta-feira, o Facebook (e o Messenger), Instagram e WhatsApp terem registado falhas em vários pontos do mundo.

Desde ontem, inúmeros utilizadores queixaram-se de, apesar de ser possível entrar no Facebook, não conseguirem inserir novas publicações nem enviar mensagens privadas. No Instagram, houve queixas semelhantes de que o "feed" das publicações não atualizava e da impossibilidade de partilhar novas publicações.

Para o Telegram, que em março do ano passado registava 200 milhões de utilizadores ativos, este aumento é expressivo.

O número foi anunciado pelo fundador e CEO da empresa na sua página no serviço. “Vejo que três milhões de novos utilizadores aderiram ao Telegram nas últimas 24 horas. É bom. Temos verdadeira privacidade e espaço ilimitado para toda a gente”, escreveu Pavel Durov.

O Telegram é um serviço gratuito de mensagens instantâneas encriptadas, semelhante ao WhatsApp. Atualmente, é financiado através de donativos, ao contrário do modelo de anúncios utilizado pelo Facebook, que recorre aos dados dos utilizadores.

O Telegram adotou a “encriptação total” em 2013, três anos antes do WhatsApp e do Facebook Messenger. Com este sistema, quando alguém envia uma mensagem, só a própria pessoa ou grupo de pessoas para quem foi enviada é que pode lê-la. Nem a própria empresa tem acesso a esse conteúdo.

A rede de mensagens tem sido utilizada por grupos terroristas, em particular pelo autoproclamado Estado Islâmico, para divulgar informações. Por outro, tem também servido para proteger a identidade de denunciantes, jornalistas em risco, ativistas e dissidentes e os conteúdos por eles trocados através da plataforma.

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