15 mar, 2019 - 16:19 • Lusa
O Governo português condenou "firmemente" esta sexta-feira os ataques a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, que provocaram pelo menos 49 mortos e 48 feridos, e expressou as suas condolências, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"O Governo Português condena firmemente o ataque terrorista ocorrido hoje", indica o comunicado, recordando tratar-se, segundo a Primeira Ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, do "pior ataque de sempre na história" do país.
"O Governo Português apresenta as suas muito sentidas condolências aos familiares das vítimas e ao Governo da Nova Zelândia por este trágico acontecimento, tanto mais consternador por ter ocorrido num país com uma forte tradição de tolerância, democracia e paz pública", acrescenta o comunicado.
Portugal "reitera a sua firme condenação do terrorismo sob todas as suas formas, bem como o seu empenho na prossecução de ações de prevenção e combate contra todos os atos terroristas", acrescenta a mesma fonte.
Portugal junta-se assim à lista de países e personalidades que condenaram este ataque.
Os ataques tiveram início às 13h40 (00h40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.
Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush da polícia neozelandesa informou que "um homem foi acusado de homicídio" e vai ser presente a tribunal pelos ataques contra as mesquitas, situadas no centro da cidade de Christchurch.
Segundo este responsável, as autoridades desativaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.
Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.
Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em direto na Internet o momento do ataque.
Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as ações.