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Autarquias portuguesas enviam equipas e dinheiro para ajudar em Moçambique

20 mar, 2019 - 13:35 • Lusa com Redação

O Presidente moçambicano Filipe Nyusi anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil "estão em situação de risco", tendo decretado o estado de emergência nacional.

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A Câmara do Porto revelou esta quarta-feira que vai disponibilizar "apoio de equipas pós-catástrofe" e 100 mil euros para a "reconstrução do hospital" da Beira, em Moçambique, de acordo com "necessidades" já identificadas por organizações não-governamentais.

A autarquia do Porto explica que, "além de disponibilizar o apoio de equipas pós-catástrofe, irá, no âmbito da geminação [com a cidade da Beira], disponibilizar 100 mil euros para a reconstrução do hospital" daquela localidade, que a organização Médicos Sem Fronteiras alertou ter ficado "seriamente danificado" devido à passagem do ciclone Idai.

O município adiantou que "está também a articular com a Associação Portugal Moçambique outro tipo de apoio".

Quanto às equipas pós-catástrofe e aos 100 mil euros para a cidade da Beira, a autarquia esclareceu que esta ajuda vai ser dada "de acordo com as necessidades já identificadas pela ONGD [Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento] com sede no Porto, a Health4Moz".

Esta entidade "presta já apoio no local e está articulada" com a autarquia portuense, acrescentou o município.

A Câmara explicou que só "após o período de emergência, que ainda decorre, serão quantificadas as necessidades" relativamente às equipas a enviar para Moçambique.

"Só nessa altura, de pós-catástrofe, o município do Porto estará em condições de enviar uma equipa multidisciplinar para a cidade da Beira, que dependerá das necessidades que forem reportadas", observou.

Câmara de Lisboa concede apoio de 150 mil euros a Moçambique

A Câmara Municipal de Lisboa vai conceder um apoio de 150 mil euros a Moçambique, assim como disponibilizar o envio de equipas para apoio a necessidades básicas no terreno, na sequência da passagem do ciclone Idai, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a autarquia apela "à solidariedade de todos para com aquele país" e informa que definiu como pontos de recolha de donativos diversos quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros da cidade: D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta Lisboa.

O município nota ainda que, "de acordo com as autoridades moçambicanas, os donativos em géneros mais prioritários para as populações afetadas" são essencialmente medicamentos para infeções gastrointestinais e analgésicos, produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água e produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações.

Câmara de Sintra presta apoio financeiro e logístico à Beira

O município de Sintra vai prestar apoio financeiro de 120 mil euros e logístico à câmara moçambicana da Beira, atingida pelo ciclone Idai, na sequência do acordo de geminação entre as duas autarquias, anunciou hoje fonte municipal.

“Sintra está geminada com a Beira e vamos dar um apoio financeiro, que queremos fazer através da Cruz Vermelha, por uma questão de coordenação de esforços, e vamos dar um apoio imediato de 120 mil euros”, afirmou à agência Lusa Basílio Horta (PS).

O presidente da autarquia acrescentou que, além do apoio financeiro para a recuperação de infraestruturas ou equipamentos, está a ser preparado “com a Cruz Vermelha o apoio logístico, que pode ser da Proteção Civil, da Polícia Municipal ou de outros vários tipos de apoio, de alimentos ou de vestuário”.

“Esse apoio não queremos fazer isoladamente, porque podemos estar a mandar coisas que já tenham. Queremos ver aquilo que é necessário e avançar com o que é preciso”, frisou o autarca.

De acordo com Basílio Horta, “o apoio financeiro vai já”, porque esse é de certeza necessário, enquanto “o apoio logístico vai imediatamente a seguir”.

O apoio será prestado através da Cruz Vermelha, porque a organização “está a coordenar o apoio humanitário” e o autarca de Sintra revelou já ter falado com o presidente do organismo para participar no auxílio às zonas afetadas pelo ciclone.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil "estão em situação de risco", tendo decretado o estado de emergência nacional.

O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da "pior crise" do género no país.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, viajou para a Beira, onde dezenas de portugueses perderam casas e bens devido ao ciclone Idai, para acompanhar o levantamento das necessidades e o primeiro apoio às populações afetadas.

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 82 mortos e 217 desaparecidos, enquanto no Malawi as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

[Notícia atualizada às 17h52]

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  • Sasuke Costa
    20 mar, 2019 14:13
    O Porto é uma nação.

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