20 mar, 2019 - 23:26
O Presidente português falou esta quarta-feira à noite com o seu homólogo moçambicano, para se inteirar da situação no país africano após a passagem do ciclone Idai, cujas consequências está a acompanhar "em estreita colaboração" com Governo português.
"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa falou, de novo esta noite, com o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, para se inteirar da situação após a passagem do ciclone Idai", refere uma nota publicada no 'site' da presidência.
Segundo a mesma nota, "o Presidente moçambicano, que se encontra na zona afetada, informou o chefe de Estado sobre a evolução da situação e agradeceu os contributos do Governo português".
"O Presidente da República continua a acompanhar a evolução da tragédia em estreita colaboração com o Governo português", acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Fonte do Palácio de Belém disse à Lusa que o chefe de Estado português vai estar hoje no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, de onde parte uma força de reação rápida portuguesa constituída por 35 militares, uma equipa cinotécnica e médicos, a bordo de um avião C-130, para apoiar as operações em Moçambique.
O anúncio foi feito hoje, em Lisboa, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas, tendo acrescentado que um segundo avião C-130 português estará em condições de voar para Moçambique a partir de quinta-feira, com mais equipas de apoio.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil "estão em situação de risco", tendo decretado o estado de emergência nacional.
O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando que se trata da "pior crise humanitária no país".