21 mar, 2019 - 00:01
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve esta quarta-feira à noite na partida da força de reação rápida para Moçambique e pediu aos militares portugueses que levem dois abraços para a população atingida pelo ciclone “Idai”.
“Eu queria que levassem convosco dois abraços. Um abraço de quem há mais de 50 anos conhece bem e ama aquela terra e aquela gente e o abraço do Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas em nome de todos os portugueses ao povo irmão de Moçambique”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, na base de Figo Maduro, em Lisboa.
O Presidente da República transmitiu à missão portuguesa uma mensagem de agradecimento do seu homólogo moçambicano.
"Pediu-me que vos transmitisse o seu reconhecimento e o reconhecimento do povo moçambicano pelo contributo da vossa missão, uma missão fraterna, de solidariedade, que novamente nos trará a excecional competência dos militares portugueses naquele país irmão", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com o chefe de Estado, o Presidente moçambicano também manifestou o seu reconhecimento ao Governo e ao povo português, "não apenas consternado, mas todo ele solidário com o povo de Moçambique".
O último balanço do governo moçambicano, feito esta quinta-feira, aponta para 217 mortos e mais de mil feridos. Segundo as autoridades, cerca de três mil pessoas já foram resgatadas com vida, mas outras 15 mil ainda aguardam o resgate.
Um avião C130 da Força Aérea Portuguesa partiu esta madrugada para a cidade da Beira, em Moçambique, uma das zonas mais desvastadas pelo ciclone Idai.
O aparelho leva uma força militar de reação rápida, formada por 35 militares e também por uma equipa cinotécnica da GNR.
Este primeiro grupo será constituído por fuzileiros com botes, que um papel fundamental no resgate das populações isoladas e em situação de grande perigo.
Faz também parte desta força inicial uma equipa médica do Exército, que leva os meios necessários para prestação de ajuda de emergência: camas, tendas, medicamentos e outros instrumentos médicos.
A equipa portuguesa é composta ainda por um oficial de engenharia do Exército, que vai "identificar as necessidades mais prementes de restabelecimento de comunicações".