21 mar, 2019 - 14:24 • Rui Barros , com agências
O ex-presidente do Brasil Michel Temer foi detido esta quinta-feira, 21, em cumprimento ao mandado de prisão autorizado pelo juiz federal, Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Entretanto, os agentes da Polícia Federal já detiveram o ex-ministro Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer.
A rádio CBN afirma que contatou o ex-presidente Temer e que este definiu a detenção de que foi alvo como uma "barbaridade".
Segundo a Globo, a Polícia Federal tentava localizar o ex-presidente do Brasil desde segunda-feira sem sucesso.
O antigo Presidente do Brasil está agora a ser encaminhado pelas forças policiais para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde irá apanhar um voo para o Rio de Janeiro.
O partido do antigo Presidente brasileiro, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), já reagiu a detenção de Temer, dizendo que as investigações já tinham provado que o ex-Presidente é inocente, não havendo irregularidades na sua conduta. "O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção da inocência, o direito ao contraditório e direito de defesa", pode ler-se num comunicado do partido.
Temer é alvo de dez inquéritos diferentes no âmbito das investigações da Lava-Jato, mas não se sabe ainda por qual foi detido. Assumiu o cargo de 37º Presidente da República do Brasil depois de concluído o processo de "impeachment" de Dilma Rousseff, ficando no cargo até dezembro do ano passado.
Logo depois de ter assumido a Presidência, Temer viu logo o seu nome envolvido em investigações judiciais. Quando abandonou o cargo era já considerado um dos Presidentes Brasileiros mais impopulares.
[atualizado às 18h00]